Estratégias criativas apontam caminho da reforma urbana

O arquiteto e urbanista Lucas Nassar falou sobre inovação e espaços públicos em palestra realizada no 3° Congresso Nacional de Ciências Exatas e Tecnologias, em Belém

sab, 17/11/2018 - 10:33
Cleo Tavares/LeiaJáImagens Lucas Nassar propõe intervenções na cidade por meio da colaboração Cleo Tavares/LeiaJáImagens

Ocorreu nos dias 25, 26 e 27 de outubro no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, o 3° Congresso de Ciências Exatas e Tecnologias, realizado pela UNAMA – Universidade da Amazônia, com o apoio da UNINASSAU, da Univeritas, UnG, e Faculdade Joaquim Nabuco. O tema principal do evento foi "Amazônia Globalizada e o Futuro das Cidades’’.

No dia 26, houve várias palestras sobre Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores. Dentre elas, "A Inovação e Cidades: Repensando Espaços Públicos’’, ministrada pelo arquiteto e urbanista Lucas Nassar. Ele falou sobre o processo de inovação em espaços públicos e criação de soluções para os problemas das cidades por meio da colaboração entre agentes públicos e sociedade.

Lucas Nassar é diretor executivo do Laboratório da Cidade, que é uma organização sem fins lucrativos que tem a missão de pensar e propor soluções a problemas urbanos, através de intervenções estratégicas. "Uma das estratégias que nós utilizamos é o urbanismo tático, a possibilidade de a comunidade escolher o seu destino, sem esperar o Estado ou a iniciativa privada, trazer uma transformação imediata’’, explicou Lucas.

De acordo com o urbanista, o projeto surgiu de durante um curso nos Estados Unidos que o fez pensar em como contribuir pra sua comunidade. "O Laboratório da Cidade foi um trabalho de conclusão desses estudos fora, tentar desenhar como uma organização da sociedade civil poderia funcionar em Belém partindo do princípio da inovação e da colaboração, que adapta-se à realidade da Amazônia’’, disse.

Lucas Nassar explicou como utiliza a estratégia do urbanismo tático, que é uma forma de planejar a cidade, de pensar em espaços públicos de forma inovadora, colaborativa, barata, leve, rápida e flexível de se construir a cidade. O urbanista falou sobre quais meios utiliza na orientação da população. "A parte primordial é a capacitação da sociedade, fazer com que ela possa entender como a cidade funciona, para que possa agir nela. Primeiro, ajudar a sociedade a entender qual é o seu problema. Técnicas que façam com que a visualização desse problema fique mais fácil. Tentar diagnosticar o problema a partir do ponto de vista da comunidade. O outro é começar a atacar esses problemas que eles mesmo identificaram. Então não é o arquiteto, o urbanista, o político, que vai dizer qual é o problema, qual é a solução. Nós queremos ser facilitadores para que a sociedade diga qual é a pergunta, qual a resposta pra aquela pergunta’’, concluiu.

Por Amanda Lima.

 

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