Comece 2019 planejando um intercâmbio para o exterior

Especialistas dão dicas de como encontrar o destino ideal que cabe no seu bolso

por Fábio Filho seg, 31/12/2018 - 08:15
Pixabay/Creative Commons Canadá, Estados Unidos e Reino Unido são os destinos mais procurados por brasileiros que buscam uma experiência internacional Pixabay/Creative Commons

Estudar no exterior é o sonho de muitos estudantes. Com o período de férias e início de um novo ano, os planos de realizar uma viagem para fora do país são mais frequentes. O intercâmbio proporciona uma experiência singular na vida acadêmica de qualquer aluno, além de enriquecer o currículo do futuro profissional. Porém, é necessário considerar diversos fatores para concretização desse objetivo.

Especialistas destacam que itens como orçamento, país de destino, qualidade de vida, hospedagem e objetivo da viagem devem ser prioridades a serem consideradas pelos os estudantes que pretendem realizar um intercâmbio. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta) apontam que o mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 23% em 2017, o que corresponde a marca de 302 mil alunos brasileiros estudando no exterior.

De acordo com a diretora de Intercâmbio da Agência Student Travel Bureau (STB), Marina Motta, o aluno deve identificar qual o programa se adequa ao seu interesse. “O que o aluno tem que ver é o que ele tem interesse com o intercâmbio. Identificar, dos programas que existem, qual o interesse com a viagem. Se é um programa que combine estudo com trabalho, de carga horária intensiva; um programa de High School, para quem cursar o ensino médio no exterior; um curso de idiomas, entre outros. Depois disso, (o aluno) deve observar se esse planejamento cabe no seu orçamento”, afirma.

Orçamento e destino

Marina ressalta que o destino da viagem é o principal fator a ser considerado. O orçamento não só do intercâmbio, como do custeio para a manutenção do aluno no país escolhido, varia mediante o destino e a qualidade de vida que o lugar oferece. “A primeira coisa é identificar o destino de maior identificação com a pessoa. A questão da acomodação que prefere, se pretende ficar em um dormitório estudantil, apartamento ou casa, isso influencia muito na viagem. Também é preciso verificar com antecedência o orçamento, necessidade de visto e vacinas, a questão cambial em relação ao custo de vida e comparar os orçamentos de todos os países pretendidos”, pontua a especialista.

Levantamento realizado pela Belta registra que, entre os destinos mais procurados pelos brasileiros em busca de uma experiência internacional, estão Canadá (23%); Estados Unidos (21,6%); Reino Unido (10,2%), Nova Zelândia (6,9%) e Irlanda (6,5%). Foram levados em consideração fatores como qualidade de vida, segurança, cotação da moeda e cultura local, além de idioma.

Viagem e estudos

A professora de biologia Suzana Freitas planejou seu intercâmbio para Londres durante anos, e em 2013 realizou um curso de inglês na capital inglesa. Suzana, que ficou em Londres durante um mês, afirma que a escolha pela cidade envolveu a cultura, qualidade de vida e educação.

“Meu sonho sempre foi ir para Londres, por causa do encantamento pela cidade e sua cultura. Aprender inglês é fundamental para qualquer profissional, me dá um suporte fantástico na minha vida profissional, além de ser um crescimento pessoal muito singular. Me planejei durante anos para essa viagem, comparei diversos pacotes de viagens. Na Inglaterra, morei em uma casa alugada durante um mês e realizei o meu sonho de aprender inglês e conhecer Londres”, diz

 A estudante Aléxia Rosas, que realizou intercâmbio aos 15 anos para estudar inglês na Nova Zelândia - segundo país mais seguro do mundo de acordo com o ranking Global Peace Index –, afirma que a experiência diária com o idioma facilitou sua aprendizagem, além de somar significativamente em seu currículo. “Eu fui para aprender inglês, porque o sistema de educação de lá é diferente. (...) o fato de aprender inglês mudou muito, soma no currículo. Hoje em dia a gente sabe que o inglês, pelo menos o básico, já conta muito no currículo, e eu aprendi bem mais que isso. Ter contato com o inglês pessoalmente, aprender e se esforçar para entender serviu para muita coisa”, destaca.

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