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De acordo com pesquisa da consultoria Yoctoo, que atua no recrutamento e seleção de profissionais para o mercado da Tecnologia da Informação, 82,8% das mulheres trabalhadoras da área relatam já terem sido vítimas de preconceito. Já nas escolas e cursos de tecnologia, a porcentagem é de 61,8%. O estudo foi conduzido com o objetivo entender os desafios enfrentados pelas mulheres na área, a partir de uma consulta qualitativa de seus anseios e dificuldades.

“É um cenário preocupante, que mostra o quanto ainda estamos longe de tornar a área de tecnologia um ambiente igualitário, afirmou Paulo Exel, diretor da Yoctoo. Os resultados também apontam que 72% das entrevistadas colocaram que, quando crianças, não haviam sido incentivadas a gostarem de brincadeiras ou carreiras ligadas à tecnologia. “Isso ajuda a explicar o motivo de ainda vermos poucas mulheres em cursos relacionados à tecnologia ou interessadas em seguir carreira na área”, interpreta Exel.

Os números também mostraram que as mulheres se sentem pouco representadas no ramo: aproximadamente 64% das profissionais comentaram que consideram baixo o número de mulheres atuando na área e, assim, inspirando novas gerações. Por fim, 42% das entrevistadas colocaram que o maior desafio na profissão é precisar provar a todo tempo que são competentes tecnicamente.

Para Exel, os estudos de experiência do usuário nunca estiveram tão em foco no setor, demandando paulatinamente a diversificação de olhares no desenvolvimento dos produtos tecnológicos. “É função dos criadores/implementadores das tecnologias compreender como é estar na pele de seus usuários, que na maior parte das vezes, transitam em ambos os gêneros (homem e mulher)”, conclui.