Docentes divulgam nota de repúdio à fala de ministro

Presidente da ANDES- SN disse que declaração do ministro é uma afronta à liberdade de ensinar e aprender

por Francine Nascimento sex, 31/05/2019 - 16:00
Marcelo Camargo/Agência Brasil Em dia de protestos pela a educação, ministro volta a falar de manipulação ideológica por parte dos professores Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior divulgou uma nota de repúdio, na manhã desta sexta-feira (31), contra a recente declaração do ministro da edicação, Abraham Weintraub, que incentivou mensagens de pais de alunos denunciando professores que estariam coagindo os estudantes a participarem das manifestações. 

A fala do ministro foi dita em vídeo publicado no twitter, nesta quinta-feira (30), dia marcado por protestos contra o contigenciamento de verbas nas instituições de ensino superior. 

Por meio de nota, a ANDES-SN disse que o ministro não citou nenhum caso concreto ao afirmar que doscentes e funcionários estariam manipulando ideologicamente os estudantes. O presidente da entidade, Antonio Gonçaves Filho, reiterou que repudia “as declarações do ministro da Educação, pois entende que elas são uma afronta à liberdade de ensinar e aprender, estruturantes do ensino público” completou.

Confira a nota completa da ANDES-SN abaixo: 

"O ANDES-SN repudia as declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre coação a alunos participarem dos protestos.

Na quarta-feira (29), o ministro da Educação publicou um vídeo afirmando que o MEC estaria recebendo denúncias sobre práticas de coação de professores contra alunos.

Sem apresentar nenhum caso concreto, afirmou que professores e funcionários estariam estimulando a participação de alunos nos protestos.

Acompanhando posição oficial do MEC, o vídeo foi publicado na conta pessoal do ministro no twitter.

Em nota, o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçaves Filho, repudiou “as declarações do ministro da Educação, pois entende que elas são uma afronta à liberdade de ensinar e aprender, estruturantes do ensino público”.

Para Antonio, “são declarações que demonstram o equivocado raciocínio do governo de que os/as estudantes seriam incapazes de pensar de forma independente”, afirmou. 

 

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