Como o jovem pode empreender com pouco dinheiro

Tecnologia deve ser a aliada da maioria dos projetos que os jovens pretendem desenvolver

por Nataly Simões qua, 12/06/2019 - 17:53

Existem inúmeras oportunidades de empreender, mas qual é a melhor área para os jovens abrirem o próprio negócio, já que muitas vezes falta dinheiro para investir? Os brasileiros na faixa dos 18 a 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego, com uma taxa de 27,3%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O administrador e especialista em desenvolvimento de novos negócios Alessandro Silveira explica que a tecnologia deve ser o ponto de partida da maioria dos projetos que o empreendedor pretende desenvolver. “O jovem deve buscar áreas que não serão ‘extintas’ pelo avanço tecnológico, como alimentação, informação, mercado pet e serviços ligados às necessidades básicas. É claro que existem mercados de nicho onde o digital faz pouca ou nenhuma diferença, mas serão cada vez mais raros”, afirma.

Silveira acrescenta que a internet possibilita a abertura de negócios sem a necessidade de um grande investimento inicial. “Contudo, se a ideia precisar de investimentos maiores do que a capacidade financeira do jovem empreendedor, ele tem a opção de buscar ajuda por meio de financiamento bancário e programas de incentivo à inovação como os desenvolvidos por instituições como o Senai”, orienta.

No entanto, o sucesso do empreendimento dependerá se o jovem se apaixonar pelo problema em vez da solução. “Se você se apaixona pelo problema, a todo momento vai ajustar seu produto ou serviço para melhor atender à necessidade e expectativa do cliente. Mas se você se apaixonar cegamente pela ideia que criou, pode não enxergar pontos de correção de rota durante a jornada, fazendo com que vá direto para o precipício, como aconteceu com grandes marcas como a Kodak e a Blockbuster”, pontua Silveira.

Para o especialista, estar atento aos problemas do cotidiano também ajuda a identificar chances de empreender. “Oportunidades existem onde falta eficiência, onde há dor ou desperdício. As empresas que tive a oportunidade de liderar ou criar sempre foram focadas em preencher as lacunas existentes no mercado. Neste ambiente de ‘falhas’, existem as melhores oportunidades e as menores barreiras de entrada. Novamente me volto para o digital, para o online, e para os aplicativos que ainda podem revolucionar e muito nosso modo de viver”, avalia.

 

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