PE anuncia edital de R$ 2,5 milhões para pesquisar óleo

Grupos de pesquisas de instituições públicas e privadas poderão submeter seus projetos, no valor aproximado de R$ 200 mil cada um

por Jameson Ramos qua, 23/10/2019 - 15:47
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens . Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

O Governo de Pernambuco anunciou na tarde desta quarta-feira (23), um edital para estimular pesquisas sobre os efeitos das manchas de óleo encontrados no litoral do Estado, estudos oceanográficos e as consequências aos ecossistemas atingidos e à saúde da população. A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e Inovação anuncia que a iniciativa contará com um aporte de recursos de R$ 2,5 milhões.

“O governador resolveu lançar um edital, através da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), para contratar 12 projetos, em várias áreas, como na de Oceanografia, por exemplo, para medir a qualidade da água e saber se está apta para mergulho. Temos ainda a questão dos pescados. Isso tudo é para curto, médio e longo prazo”, explica o secretário Aluísio Lessa.

De acordo com o governo, em curto prazo deve-se primeiro tratar o que está acontecendo nas praias, avaliando a chegada do volume de óleo. O edital é voltado para a contratação de laboratórios, instituições e parcerias. O diretor-presidente da Facepe, Fernando Jucá, aponta que existem seis áreas temáticas de pesquisa e desenvolvimento. 

"Vamos tirar proveito dos conhecimentos, da competência que já existe instalada no Estado de Pernambuco, para aplicar nesse problema que temos em mãos. São grupos de pesquisas de instituições públicas e privadas que podem submeter seus projetos, no valor aproximado de R$ 200 mil cada um, para serem executados no prazo de um ano”, explica Jucá.

Moacyr Araújo, vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), garante que algumas análises já estão em andamento. “A princípio, nós precisamos ter um plano, que já está sendo executado, de análise de todo esse pescado, de organismos como peixes e ostras. Sobretudo naqueles estuários que foram mais impactados. A partir daí, vamos ter um diagnóstico do nível de contaminação, mas já temos amostras sendo analisadas”, assegura Araújo.

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