2020: Pequenos negócios foram os que geraram mais empregos

Em levantamento realizado pelo Sebrae, as micro e pequenas empresas geraram quase o dobro de oportunidades em relação às empresas de médio e grande portes

por Camilla de Assis ter, 22/12/2020 - 09:26
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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou dados sobre a geração de vagas de emprego durante 2020. De acordo com o órgão, os pequenos negócios criaram quase o dobro de oportunidades em relação às empresas de médio e grande portes.

Entre julho e outurbo deste ano, as micro e pequenas emrpesas geraram um total de 714,3 mil postos de trabalho em todo o Brasil. Por outro lado, as corporações maiores abriram 364,8 mil vagas. Os dados são do Sebrae, com informações do Novo Caged do Ministério da Economia, que compila o encerramento e a abertura de vagas em todos o país.

“Esses números comprovam a tese que há muito defendida pelo Sebrae. As pequenas empresas contratam mais na expansão. Por isso é tão importante que desenvolvamos políticas de fomento e crédito para esse segmento vital à economia do nosso país. Elas precisam disso para continuar desempenhando seu importante papel”, disse o presidente do Sebrae, Carlos Melles, segundo nota divulgada à imprensa.

O estudo ainda constata que entre os meses de março e junho, os pequenos negócios foram os que mais desempregaram na crise econômica causada pela pandemia. O fato, segundo o Sebrae, foi indicado como "atípico". O saldo de demissões nesse período foi cerca de um milhão de contratos encerrados, enquanto nas médias e grandes esse montante foi de 606 mil. 

O acumulado deste ano, até outrubro, é de um saldo negativo de 26 mil postos de trabalho, enquanto nas grandes e médias empresas essa quantidade quase dez vezes maior, totalizando -215,3 mil. De acordo com o presidente de Sebrae, de julho a outubro os micro e pequenos negócios voltaram a puxar a economia brasileira. “Com o retorno gradual da atividade econômica, as micro e pequenas empresas voltaram a ser a  locomotiva da nossa economia, implementando um ritmo de contratação bem mais forte do que as de maior porte”, pontuou Carlos Melles.

Os dados também revelam um recorte por região. Com isso, o lado Norte do Brasil se destacou na geração de empregos nas micro e pequenas empresas. Roraima ocupou o primeiro lugar no ranking de outubro e no do acumulado do ano com 81,12 - considerando o “saldo por 1.000 empregados”.

O Pará, por sua vez, ocupou a segunda colocação, tendo gerado 63,21 vagas a cada mil empregados. São Paulo aparece na posição 24 no ranking, com um saldo negativo de 13,45. A Unidade da Federação com pior desempenho foi o Rio de Janeiro, com 41,96 negativos.

Já em relação aos setores das atividades econômicas, de janeiro a outubro, as micro e pequenas empresas da construção civil foram as que mais empregaram, registrando um saldo de 137,1 mil novas vagas; seguidas pela Agropecuária, com 29,7 mil postos. Já o Comércio e Serviços ainda acumulam neste ano saldos negativos de – respectivamente - 154,3 mil e 65,7 mil empregos.

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