Intercâmbio no México: veja como se preparar

País pode ser uma boa opção para quem almeja praticar o espanhol

por Juliana Mamede dom, 30/05/2021 - 14:30
Pixabay Palacio de Bellas Artes, localizado na Cidade do México Pixabay

Com uma população de mais de 126 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Nacional de Estadística y Geografía (INEGI), o México pode ser uma boa opção de intercâmbio e também para aperfeiçoar o idioma espanhol. O LeiaJá traz, neste domingo (30), mais uma reportagem da série "Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos", para te ajudar a entender melhor as vantagens de fazer uma viagem ao País.

Sob o comando do presidente Andrés Manuel Lópes Obrador, o México possui 299 entidades governamentais, 146 embaixadas e consulados. Atualmente consultora de Recursos Humanos (RH) da Ford, Joana Sifuentes, 27, relembra o intercâmbio profissional que ela fez para o país. “O meu intercâmbio durou aqui um ano e meio, eu vim para trabalhar na parte de consultoria de risco da PWC, que é uma empresa de consultoria internacional, também eu vim com a AIESEC (organização internacional de estudantes que permite a estes o seu desenvolvimento pessoal e profissional por meio de intercâmbio, entre outros programas). Eu tinha acabado de terminar um intercâmbio profissional na Índia, voltei para o Brasil e em dois meses eu já tinha oferta para vir aqui para o México", recorda.

"Fiquei um ano e meio como trainee e depois eu fui efetivada”, explica ela, que chegou no País em outubro de 2016. Sobre o que despertou o seu interesse em fazer intercâmbio no México, Joana revela que foi o desejo de aprimorar o espanhol. “Eu realmente queria fazer intercâmbio em um país da América Latina, principalmente para melhorar meu espanhol, eu já falava, mas eu queria aprimorá-lo", explica.

Em relação aos pontos positivos em fazer um intercâmbio e morar no México, Sifuentes destaca: “Acho que fazer intercâmbio é positivo independente do lugar, eu acho que é uma experiência de vida gigantesca, você vai literalmente ralar para caramba, mas vai aprender a se virar. É um processo de independência gigantesco de autossuficiência, no sentido financeiro, no sentido emocional, enfim, é um aprendizado contínuo, gigantesco, diversos desafios, acho que é uma experiência que indico completamente e que é transformadora”, comenta ela.

“Morar no México, em certos aspectos, lembra muito o Brasil, mas nesse momento, inclusive com o agravamento da pandemia e no sentido econômico, é um país que está muito mais estável que o Brasil, então tem essa vantagem, no quesito oferta de trabalho aqui está muito mais atrativo", opina Joana.

Morando há quase cinco anos no México, Joana também tem elogios à cultura mexicana. “É riquíssima, muito diversa também, um país que, antes da colonização da América, tinha diversas etnias já presentes, diversas culturas, eles tinham os povos originais aqui do México, eles tinham um nível muito avançado de civilizações, então eles tinham diversas construções, pirâmides, ruínas pelo país inteiro. Nesse sentido, ele é muito rico culturalmente", conclui.

A respeito de como deve ser a preparação financeira de quem deseja fazer intercâmbio no México, o diretor financeiro da WE Intercâmbio, Guilherme Borges, explica que é necessário que o estudante pesquise acerca de custos com as necessidades que ele terá no lugar em que deseja estudar. “O estudante deve procurar pesquisar sobre o custo de vida da cidade que ele pretende fazer o intercâmbio e se preparar financeiramente para a moradia, alimentação e despesas diárias (transporte, passeios, etc), além do custo com o curso que ele irá fazer”, alerta.

“O ideal é começar a planejar hoje! O máximo de antecedência possível para organizar a viagem irá proporcionar tempo e tranquilidade para deixar tudo pronto e conseguir até mesmo flexibilidade em relação a valores (variação de câmbio, sazonalidade, etc). Caso o estudante planeje passar mais de 90 dias no País, será necessário aplicar para o visto de estudante. Nesse caso, indicamos um mínimo de três meses de antecedência até a viagem. A melhor forma de planejar é procurando uma agência competente, que ofereça assessoria completa pré, durante e pós viagem”, acrescenta.

Palacio de Bellas Artes, localizado na Cidade do México. Foto: Pixabay

Acerca de quais são os programas de intercâmbio mais procurados para o país, Guilherme informa que, entre outros, os cursos mais procurados por estudantes são os de graduação e pós-graduação. “O México possui excelentes instituições de ensino reconhecidas internacionalmente e um fator que facilita é que algumas universidades brasileiras têm vínculo com instituições mexicanas”, pontua o diretor financeiro, explicando, ainda, que não é autorizado trabalhar no País com visto de estudante.

Em relação à duração e quanto custam programas de intercâmbio para o México, Borges informa: “Um orçamento de quatro semanas, apenas o curso sai por R$ 4.269,00. Já um de 12 semanas (aproximadamente três meses), sai por R$ 11.200,00. Ambas as cotações seriam para programas que não exigiriam o visto de estudo”.

Borges fala, ainda, sobre os impactos da pandemia da Covid-19 no setor de intercâmbio no país. “Assim como em qualquer lugar do mundo, os impactos da pandemia envolvem vários aspectos, dentre os quais podemos citar a questão do fechamento das fronteiras internacionalmente, cancelamento de voos e grande quantidade de requisitos exigidos aos viajantes, o que trouxe grandes impactos ao setor de viagens e turismo, além de toda a questão psicológica do medo da contaminação, o que faz com que as pessoas evitem viagens que possam ser adiadas durante esse tempo”, comenta o diretor financeiro da WE Intercâmbio.

No que diz respeito às restrições impostas pelo país por causa da Covid-19, principalmente em relação à entrada de estrangeiros para trabalhar ou estudar, Guilherme conta que o México vem flexibilizando o ingresso de viajantes em seu território. “Apesar de estar no top 10 países mais atingidos pelo vírus no mundo, o México tem flexibilizado a entrada de estrangeiros tendo como exigência para a entrada atualmente apenas o preenchimento de um formulário de identificação de fatores de risco”, finaliza.

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