O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou, em entrevista na última segunda-feira (9) à TV Brasil, que o ensino superior no País deveria “ser para poucos”, e que os institutos federais são as “verdadeiras vedetes” do futuro, com capacidade de formar profissionais para o mercado de trabalho.
 
O responsável pelo Ministério da Educação (MEC) comentou que o ensino técnico deveria ser mais valorizado, tendo em vista o retorno que se tem nessa formação. "Tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande", disse Ribeiro.
 
Quando perguntado sobre a política de cotas, o ministro opinou sobre o nível de preparação dos estudantes para ingressar no ensino superior. "Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos 'filhinhos de papai' que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados."

Ribeiro ainda criticou os professores que se posicionam em oposição ao retorno das aulas presenciais nas escolas antes de crianças e adolescentes tomarem a vacina contra a Covid-19. "Infelizmente, alguns maus professores (a grande maioria está querendo voltar e se preocupa com as crianças) fomentam a vacinação deles, que foi conseguida; agora [querem a imunização] das crianças; depois, com todo o respeito, para o cachorro, para o gato. Querem vacinação de todo jeito. O assunto é: querem manter a escola fechada", disse.