TRI: entenda como a nota do Enem é calculada

Método aplicado pelo Inep avalia nível de conhecimento do estudante e penaliza chutes
- Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Uma das coisas que mais gera dúvida acerca do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é como a pontuação é calculada. As vezes, estudantes que acertaram a mesma quantidade de questões numa determinada área do conhecimento recebem notas diferentes e isso acontece porque é utilizado o método conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI). 

Nesse método, que é um modelo estatístico, as questões não possuem uma mesma pontuação, por isso não só a quantidade de acertos é levada em consideração como a média nacional, pesos diferentes entre as questões e comportamento das respostas do candidato. Desse modo, o TRI  mede o nível de conhecimento do estudante. 

A média nacional é o critério que compara os acertos do aluno com o da média. No caso, se ele acerta mais questões que a média, sua pontuação aumenta se distanciando dos 500 pontos. O contrário também acontece. Se o aluno acertar menos que a média, sua nota baixa. 

No critério de peso das questões, as mesmas são analisadas previamente, ganhando um peso de acordo com a dificuldade. A formulação da prova é pensada para que a média de pontuação nacionalmente seja de 500 pontos. 

Por fim, no comportamento do aluno, o TRI pode tirar pontos de um estudante numa questão, mas nunca zera-la, se perceber que foi um chute. O modelo estatístico funciona mapeando as repostas do candidato de forma que ele analisa se ele acertar uma questão difícil sem ter acertado várias fáceis. O TRI entende que se o estudante não está apto a acertar questões fáceis, não poderá ter êxito nas difíceis.

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