Djalma Guimarães

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Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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Djalma Guimarães, | sex, 01/04/2016 - 10:58
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A conjuntura política brasileira limita a consistência de qualquer conjectura ou cenário traçado para a economia nos próximos meses e anos. Nas últimas semanas o governo federal parece colocar suas fichas em uma política de estimulo da demanda, política exitosa na crise de 2008, porém malograda desde então, os incentivos que levaram os consumidores as compras parecem não fazer mais sentido.

O aparente esgotamento de tal estratégia parece estar baseado no nível de endividamento das famílias, desemprego com trajetória ascendente e baixa confiança dos consumidores. Um lado mais perverso de tal contexto está associado a incentivos não fornecidos para o setor produtivo do ponto de vista da competitividade, o que não remete apenas ao atual governo, por exemplo: nossa infraestrutura de transportes historicamente é cara, insuficiente e ineficiente; nosso sistema tributário é pouco fluído e caro; a burocracia trava negócios, apesar da ampliação do número de anos estudados a produtividade do trabalho está estagnada. Poderíamos discorrer sobre muitas outras temáticas, a exemplo da famigerada corrupção arraigada em empresas e instituições e das taxas de juros surreais.

Até 2008 vivemos um período de liquidez no mercado internacional, o Brasil foi pretendido para a recepção de investimento externo direto, o governo desfrutou de popularidade ‘nunca antes vista na história desse país’. Porém sem os incentivos direcionados a competitividade vivemos apenas um ciclo de crescimento de curtíssimo prazo, que se esgotou.

E agora predominam as vozes adormecidas da austeridade a qualquer custo, sem considerar objetivos estratégicos de longo prazo da sociedade brasileira. A retórica diz que tal processo de ajuste recuperará a confiança e apaziguará o ambiente econômico. Resta saber se os incentivos para a competitividade serão fornecidos de forma a garantir uma posição mais competitiva para a produção brasileira de forma que possamos viver um ciclo de crescimento por um período mais longo. A história tem ensinado que apenas a austeridade não é capaz de criar um ambiente de crescimento, orientado apenas pelas forças de mercado.

 

Como conseguir retomar o crescimento e garantir o equilíbrio fiscal e baixos níveis de inflação é o enigma a ser decifrado pela equipe econômica.

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