Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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Impeachment de Temer é impensável neste momento

Edmar Lyra, | seg, 28/11/2016 - 12:08
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Após o episódio envolvendo os agora ex-ministros Marcelo Calero e Geddel Vieira Lima, alguns apressados chegaram a defender o impeachment do presidente Michel Temer por crime de responsabilidade, porém qualquer observador do cenário político nacional sabe perfeitamente que neste momento não há clima para o impeachment, uma vez que Temer tem demonstrado forte poder de articulação junto ao Congresso Nacional, haja vista as votações esmagadoras em favor do Palácio do Planalto tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

O risco do governo Temer degringolar não está no Congresso Nacional, mas sim na ação que tramita no TSE que pode culminar na cassação da chapa presidencial eleita em 2014. Ela só se tornará viável caso o governo tenha novos escândalos de corrupção e se a economia não responder aos movimentos que Henrique Meirelles tem realizado no ministério da Fazenda, então o risco TSE aumenta e as possibilidades de uma eleição indireta em 2017 se tornam mais factíveis.

O fato é que Michel Temer precisa mais do que nunca ter a real dimensão da sua responsabilidade e que a sociedade não foi às ruas tirar Dilma Rousseff para ter um presidente tão refém da política quanto ela. Ele não deve manter um ministro no cargo caso hajam indícios de irregularidade ou episódios como o que derrubou Geddel. A postura firme de demitir um auxiliar tem que ocorrer de forma imediata sob pena de deixar o governo sangrando por muito tempo e consequentemente aumentando a rejeição popular.

Faltando pouco mais de dois anos para o término do governo, Michel Temer tem que buscar ser mais parecido com Itamar Franco, que assumiu em 1992 até 1994. Vale salientar que apesar de Itamar ter vencido a inflação, precisou nomear quatro ministros da Fazenda para conseguir combater a inflação com o Plano Real, quando FHC virou ministro, apenas em maio de 1993, o governo Itamar já tinha dado com os burros nágua em três oportunidades, portanto as crises políticas e econômicas são inerentes a qualquer governo, sobretudo os de transição como o de Michel Temer, e como presidente da República ele precisa ser antes de mais nada um excelente gestor de crises e não um amplificador delas.

Pulando - Com a crise que envolve o PMDB do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes já cogita a hipótese de pular do barco e se abrigar numa nova sigla para disputar o governo do estado em 2018. A sigla nem é tão nova assim, trata-se do PSDB, partido em que foi filiado entre 2003 e 2007 e disputou o governo em 2006 quando foi derrotado por Sérgio Cabral.

PSD - Nas contas de interlocutores do Palácio o PSD só continuará no primeiro escalão do governador Paulo Câmara se indicar novamente André de Paula ou Rodrigo Novaes para uma importante secretaria, caso haja a indicação de um quadro técnico, o governador Paulo Câmara pode até dar uma secretária mas ela será periférica.

Vaias - O ministro da Educação Mendonça Filho foi vaiado na sua cidade Belo Jardim durante a assinatura da ordem de serviço de uma obra  de acessibilidade no valor de R$ 2,7 milhões do IFPE local e de obras para o campus de Caruaru. Mendonça foi chamado de golpista por alunos do instituto que eram ligados ao PT.

Timing - O deputado estadual Romário Dias de acordo com um colega parlamentar teria perdido o timing para se lançar a um dos principais cargos da mesa da Alepe. Além disso, Romário perdeu terreno porque não soube priorizar o cargo que queria, como considerou ocupar tanto a presidência quanto a primeira-secretaria acabou ficando sem nada.

RÁPIDAS

Interferência - Contrariando uma lógica presente na política municipal que consiste no prefeito eleito tentar emplacar um aliado seu na presidência da Câmara, a prefeita Raquel Lyra decidiu não interferir na disputa pelo comando da Câmara de Caruaru. Disputam o cargo de presidente os vereadores Leonardo Chaves e Lula Tôrres, ambos do PDT e Alberes Lopes do PRP.

Violência - Com o crescente número de ocorrências policiais por todo o estado, o Pacto dos Municípios idealizado pelo promotor Paulo Augusto de Oliveira Freitas deve ser implementado pela nova safra de prefeitos a partir do ano que vem.

Inocente quer saber - Aldo Guedes assinou mesmo uma delação premiada que envolve figurões do PSB?

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