Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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Mendonça e Augusto Coutinho terão peso diferenciado em 2018

Edmar Lyra, | seg, 06/02/2017 - 10:20
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Cunhados, o ministro Mendonça Filho e o deputado federal Augusto Coutinho vivem um momento ímpar nas suas respectivas trajetórias políticas, pois comandam dois partidos relevantes, o Democratas e o Solidariedade, emplacaram o vereador Rodrigo Coutinho, filho de Augusto e sobrinho de Mendonça, e ainda tiveram a vitória do Professor Lupércio em Olinda e do prefeito Anderson Ferreira em Jaboatão dos Guararapes que lhes garantiram peso significativo nas duas gestões.

Mendonça e Augusto são herdeiros políticos do ex-deputado federal José Mendonça que era um exímio articulador político, partiu da mente dele a aliança com Jarbas Vasconcelos que faria a União por Pernambuco chegar ao governo de Pernambuco e permitiria em 2006 Mendonça Filho assumir ainda que por apenas nove meses o comando do executivo estadual.

Após a derrota de Mendonça em 2006, ambos passaram por um momento difícil, pois o PFL na época amargou a oposição nas três esferas de poder, e apenas os mais próximos de Mendonça e Augusto continuaram no partido. Eles aprenderam com as dificuldades e em 2010 mesmo com a planície de ser oposição, tanto Mendonça quanto Augusto se elegeram para a Câmara dos Deputados, isso foi possível graças a articulação de Mendonção, que chamou o feito a ordem e viabilizou a vitória do filho e do genro para a Câmara Federal.

De lá pra cá Mendonça ainda comeu o pão que o diabo amassou na política, quando em 2012 ele teve um resultado pífio na disputa para prefeito do Recife, ficando com apenas 2,25% dos votos, chegando inclusive a ser cogitado para sair da política. Em 2014, Mendonça se reelegeu no rabo da gata, sendo o penúltimo parlamentar a se eleger na Frente Popular, enquanto Augusto Coutinho, já no Solidariedade, ficou na primeira suplência.

Mesmo não se elegendo, Augusto não ficou um minuto sequer sem o mandato na Câmara Federal e viu o Solidariedade crescer de forma assustadora no estado, já Mendonça utilizou muito bem o posto de líder do Democratas na Câmara dos Deputados e ganhou respeito e notoriedade nacional. Com o impeachment de Dilma Rousseff, foi alçado ao importante posto de ministro da Educação do presidente Michel Temer e foi a partir de 2016 que Mendonça e Augusto deram a volta por cima, pois Augusto acabou sendo efetivado com a vitória de Anderson Ferreira em Jaboatão dos Guararapes, bem como garantiu um gabinete na Câmara do Recife e um espaço robusto em Olinda. Mendonça não foi diferente, o Democratas voltou a ter respaldo político no estado e Mendonça passou a ter muitos espaços em prefeituras.

No cenário que se desenha para 2018, tanto Mendonça quanto Augusto deverão marchar juntos e terão peso significativo na disputa do ano que vem. Nenhuma articulação política do estado ocorrerá sem a presença deles na mesa de negociações.

Dificuldade - Caso Humberto Costa tenha desistido de disputar mandato eletivo em 2018, a situação de João Paulo se complica consideravelmente, pois sem a presença de Humberto na chapa para deputado federal, João Paulo e a cauda terão que atingir mais de 200 mil votos para que o PT possa emplacar um representante na Câmara Federal, o que não será nada fácil mediante a forte rejeição que os políticos do partido enfrentam.

Infiel - Apesar de ser filiado ao PSDB, o deputado federal Betinho Gomes decidiu não apoiar Carlos Santana, candidato do partido em Ipojuca, acabou optando pela candidatura de Célia Sales. Ninguém sabe os motivos para tamanha infidelidade mas seria muito mais prudente que Betinho ficasse neutro na disputa caso não quisesse apoiar Carlos Santana.

Inferno astral - Por falar em Betinho Gomes, o deputado vive um verdadeiro inferno astral, sem votos suficientes para se reeleger para a Câmara Federal, Betinho teve que se deparar com pesadas declarações do irmão Elias Gomes Filho, que além de ter pedido desfiliação do PSDB, afirmou que não apoiaria a candidatura de Betinho em 2018.

Críticas - Ninguém sabe o motivo, mas muitos vereadores continuam fritando a figura do secretário Sileno Guedes. Além de não atender às demandas de quem quer contribuir com a gestão do prefeito Geraldo Julio, o secretário continua com a mania de não atender telefonemas. Por isso que a base do prefeito ficou um poço de mágoas com a decisão de Geraldo de manter Sileno na articulação política.

RÁPIDAS

Elogios - Dos prefeitos que assumiram, quem mais tem recebido elogios pela sua postura no comando da prefeitura é Miguel Coelho em Petrolina. Miguel tem trabalhado de domingo a domingo, 15 horas por dia e tem demonstrado profundo conhecimento e preparo para o posto que ocupa. É a grande revelação da nova safra de políticos do estado.

Aglaílson Victor - Pré-candidato a deputado estadual, o jovem Aglaílson Victor poderá ser uma das grandes surpresas em 2018. Pelas contas do buraco frio da Alepe, ele deverá beirar os 70 mil votos no ano que vem, pois tem o apoio do pai Aglaílson Júnior, prefeito de Vitória de Santo Antão, e de outras cidades que votavam com Aglaílson em todo o estado.

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