Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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Se Temer não tiver 172 votos, pode terminar o governo

Edmar Lyra, | ter, 27/06/2017 - 09:07
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O Procurador Geral da República Rodrigo Janot ofereceu denúncia por corrupção passiva ao Supremo Tribunal Federal, que acionará a Câmara dos Deputados para decidir se abre ou não inquérito contra o presidente Michel Temer. Num processo parecido com o impeachment, o presidente precisará levantar 172 votos para derrubar a abertura de inquérito, são necessários 342 para que o Supremo abra investigação contra Temer por conta de Rodrigo Rocha Loures ter recebido R$ 500 mil da JBS que supostamente seriam destinados ao presidente toda semana.

Assim como Dilma em 2016, Temer precisará salvar seu mandato, pois ainda que não esteja em curso um processo de impeachment, caso a abertura de inquérito seja aprovada, será um sinal inequívoco de que o governo Michel Temer definitivamente acabou. Pela sua interlocução com o Congresso que ainda existe e principalmente pelo fato de ser uma espécie de escudo para a classe política, é possível que o presidente consiga barrar a investigação.

Mas é preciso considerar a forte pressão popular que deverá ocorrer sobre o Congresso Nacional, e isso poderá ser determinante em desfavor do presdente Michel Temer. Se o presidente pôde comemorar a absolvição no TSE, agora terá que se preocupar com a denúncia de Janot, pois se não conseguir mobilizar sua base que beira os 400 deputados, pode colocar o pijama porque o governo acabou.

Faltando um ano e meio para findar o seu mandato, Michel Temer só permanece no cargo por força de não ter um substituto que unifique a classe política. Mas a bem da verdade é que ainda que escape da abertura de inquérito, ele não terá mais nenhuma condição política, ética ou moral para propor qualquer projeto importante para o país, enquanto isso o Brasil agoniza numa crise jamais vista em toda sua história.

Sinal - Muitos deputados e prefeitos que estão insatisfeitos com o Palácio do Campo das Princesas aguardam um sinal inequívoco de que o senador Fernando Bezerra Coelho será candidato a governador de Pernambuco em 2018. Eles dizem que se o senador fizer um movimento mais claro a respeito da sua postulação, a debandada será geral.

Possibilidade - O sinal esperado não precisa ser o de declarar publicamente que é candidato, basta oficializar a saída do PSB. Como ele tem um mandato de senador, diferentemente dos deputados federais, poderá trocar de partido a hora que achar melhor. Se antecipar a decisão, já deixará claro a postulação e mobilizará com mais força a tropa que está ávida por uma alternativa consistente à hegemonia do PSB no estado.

Federal - O empresário Guilherme Uchoa Júnior se filiará ao PR, a convite do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, do mesmo partido, para ser candidato a deputado federal em 2018. Herdeiro político do presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, o empresário tem plenas chances de sair vitorioso na disputa.

Cinco - O deputado estadual André Ferreira, presidente estadual do PSC, está montando uma chapinha ainda mais atrativa que a do PP. Segundo ele, um candidato poderá se eleger na chapinha do partido com apenas 20 mil votos. A sigla poderá eleger cinco deputados estaduais em 2018. Nas eleições de 2016, o PSC emplacou três vereadores no Recife, surpreendendo todos os prognósticos.

RÁPIDAS

Herdeiro - O mandato do vereador Romero Albuquerque, já cassado pela Justiça Eleitoral, não será herdado pelo suplente Wilton Brito (PP). É que os 5.613 votos dele seriam anulados, então na conta o PP baixaria para 46.557 votos, e perderia a terceira vaga na sobra para o PEN que atingiu 51.210 votos. O mandato seria herdado por Júnior de Cleto, que teve 3.620 votos.

Veto - Setores do PT não aceitam de jeito nenhum a candidatura de Marília Arraes a governadora em 2018. O veto ao seu nome se dá pelo motivo de ela não ter nenhum histórico no partido e que se for pra mandar alguém pro sacrifício não será ela. O veto a Marília é uma imbecilidade, pois ela tinha plenas condições de defender as bandeiras do PT no estado mesmo não sendo uma petista de raiz.

Inocente quer saber - Joaquim Neto perderá o mandato de prefeito de Gravatá no julgamento do TSE marcado pra hoje?

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