Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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Poucas mudanças ocorrerão para as eleições de 2018

Edmar Lyra, | qua, 20/09/2017 - 09:57
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A Câmara dos Deputados sepultou ontem de uma vez por todas a possibilidade de o sistema eleitoral chamado de distritão ser utilizado para as eleições de 2018 ou de 2022. Faltou um consenso sobre o tema porque os deputados tiveram medo do desconhecido. Faltando menos de um ano para as eleições do ano que vem, ninguém sabia como seria o comportamento do eleitor diante de todos os escândalos e num novo sistema eleitoral e por isso preferiram jogar o jogo que já conhecem.

Com o distritão sepultado, só existem três mudanças factíveis no nosso sistema eleitoral, que é o fim das coligações proporcionais, a cláusula de barreira e o financiamento público de campanha. O fim das coligações, que já se configuraria num grande avanço, já é visto como algo que só ocorrerá nas eleições de 2022. Porém, há uma forte possibilidade de o próprio TSE decidir o que o Congresso tem sido incapaz de legislar, e vetar as coligações já para 2018.

Viabilizando o fim das coligações, teríamos um fenômeno muito parecido com o bipartidarismo, onde dificilmente algum deputado disputaria por partidos pequenos. Em Pernambuco há a expectativa de que para deputado estadual somente PSB, PMDB, PTB, PSDB, PP, PT, PDT, PSD e PSC seriam atrativos para candidatos, uma vez que possuem chapa para atingir o quociente eleitoral e condições de eleger bancadas representativas. Já partidos como PSOL, PRB, PSL, Podemos, PR, PPS, DEM, PRTB, PHS e PEN dificilmente atingiriam quociente e elegeriam ao menos um deputado.

No caso de federal, a situação é ainda mais complexa, apenas PSB, PMDB e PTB teriam condições de sozinhos eleger deputados federais, os demais com muita dificuldade elegeriam um parlamentar, como é o caso de PSD, Solidariedade, PDT, Democratas e Podemos, que têm cada um apenas um deputado com votações abaixo do quociente eleitoral.

Esse movimento por si só praticamente dizima os partidos pequenos, uma vez que não haverá a atratividade de outrora. Como se não bastasse a cláusula de barreira serviria para reduzir drasticamente a quantidade de siglas com acesso a fundo partidário e tempo de televisão. Por fim o financiamento público, que é a joia da coroa dos políticos, que querem que o contribuinte agora seja responsável por bancar as suas eleições. Os políticos, como sempre, seguem legislando em causa própria de olho apenas no próximo mandato em detrimento do futuro do país, da democracia e da boa representatividade.

Contraponto - Com os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira e do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral cada vez mais próximos de Fernando Bezerra Coelho, setores do Palácio defendem alinhamento com o ex-prefeito das duas cidades Elias Gomes, atualmente no PSDB mas de malas prontas para sair. Elias seria o contraponto ideal para Paulo Câmara num contingente de 600 mil eleitores.

Confusão - Pouca gente ficou sabendo mas na homenagem aos 70 anos do PSB realizada no mês passado na Alepe, Edson Barbosa e Diego Brandy, que trabalharam nas campanhas de Eduardo Campos, quase foram as vias sem fato na solenidade. O problema só não foi maior porque a turma do deixa disso segurou.

Marcação cerrada - O PSB vem monitorando os movimentos do senador Fernando Bezerra Coelho e fazendo o contraponto imediato. Na semana passada ele recebeu a visita do prefeito de Olinda Professor Lupércio, depois Sileno Guedes foi ao prefeito fechar a participação do PSB no governo dele em Olinda. Ontem Lula Cabral recebeu a visita de Felipe Carreras, Fred Amâncio e Iran Costa após receber Fernando em seu gabinete.

Hepta - O Náutico já não pode mais se vangloriar do hexacampeonato da década de 1960. Seu torcedor mais ilustre, o ex-presidente Lula, roubou-lhe o posto e virou hepta-réu ontem. Desta vez Lula será investigado por ter atuado na venda de uma medida provisória para beneficiar as montadoras de automóveis no Brasil.

RÁPIDAS

Prioridade - O senador Fernando Bezerra Coelho, pré-candidato a governador, estabeleceu como meta fazer do ministro de Minas e Energia Fernando Filho um deputado federal mais votado do que João Campos, herdeiro de Eduardo e candidato preferencial do Palácio do Campo das Princesas em 2018.

Resolvido - Na Alepe, inclusive entre deputados do PSB, a maioria considera a situação do PMDB como caso resolvido. Jarbas Vasconcelos e Raul Henry não conseguirão reverter a mudança de comando do diretório estadual junto ao diretório nacional e precisarão tomar uma decisão imediata quanto ao caminho que será trilhado a partir de então.

Inocente quer saber - Quantos votos João Campos terá para deputado federal em 2018?

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