Janguiê Diniz

Janguiê Diniz

O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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Educação empreendedora

Janguiê Diniz, | qui, 02/06/2022 - 15:44
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O sistema educacional brasileiro, embora, na teoria, seja robusto, ainda peca em alguns pontos. As matrizes curriculares permanecem estagnadas, sem consonância com a realidade mutável do mundo. Assim, alguns temas emergentes deixam de ser introduzidos na Educação Básica, como o empreendedorismo. Ensinar crianças e adolescentes a empreender não é mostrá-los como abrir empresas, mas despertar neles características e habilidades inerentes ao comportamento empreendedor, seja nos negócios, seja na vida.

O itinerário formativo da Educação Básica, no Brasil, contempla disciplinas mais “generalistas”, básicas para a formação acadêmica. Óbvio que Português, Matemática, Física e História são essenciais para compreender o mundo, mas não devem estar sozinhas. Outras como Educação Financeira, Política e Empreendedorismo seriam muito proveitosas adições ao ról de temas levados aos adolescentes e crianças. Esta última, especialmente, é de grande importância na formação dos futuros homens e mulheres de negócios, profissionais de destaque e mesmo pessoas melhores. Porque empreender começa pelo CPF, na vida, com atitudes positivas que podem ser levadas para o CNPJ.

O pensamento empreendedor é algo que ainda falta ao brasileiro. Ter consciência de suas habilidades e das que ainda faltam, para ir atrás destas; ser determinado, ousado, obstinado; pensar de forma criativa e inovadora – tudo isso são características do bom empreendedor que não dependem de uma atividade laboral, mas que podem ser empregadas no dia a dia. Penso que, com a educação empreendedora sendo disseminada nas escolas, estaremos também construindo um futuro melhor para todo o país, com cidadãos mais conscientes e determinados a fazer tudo dar certo. Pode parecer utópico, mas sonhar também é uma grande característica empreendedora – quando aliada à realização do sonho.

Que bom que hoje já vemos projetos legislativos que estudam a inclusão da disciplina de Empreendedorismo no currículo escolar. A medida tem um enorme potencial de gerar transformação de vidas. Ao mesmo tempo, soluções educacionais já oferecem o arcabouço necessário para viabilizar esse ensino. É o caso do Geração Líder, uma plataforma de ensino que leva a educação empreendedora às escolas. A iniciativa, que inclui materiais didáticos e games educacionais, é uma grande alternativa aos centros educacionais que quiserem oferecer esse diferencial aos seus alunos. E, como o próprio nome deixa claro, formará uma nova geração de líderes muito mais capacitados.

É de pequeno que se constrói a mentalidade. Ao inserir o empreendedorismo nas bases da educação, o país estará realizando um investimento a longo prazo que retornará bons e numerosos frutos. É preciso sair do ensino tradicional e aderir ao ensino alinhado com as demandas para o futuro. Somente assim, aliando educação e empreendedorismo, conseguiremos dar um grande salto de desenvolvimento.

A difícil política brasileira

Janguiê Diniz, | sex, 27/05/2022 - 12:59
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Estamos em mais um ano de eleições e, como é praxe, vemos vários movimentos dos atores políticos, seja para se manterem em seus postos, seja para conquistar uma posição na máquina pública. A polarização, mais uma vez, dá o tom da disputa eleitoral, que deve ganhar ares mais “violentos” neste ano. Continua sendo difícil de compreender e aceitar a política brasileira, pautada sempre muito mais por interesses de poucos do que pelo bem-estar geral. Para onde vamos?

A cada dois anos, o mesmo cenário se repete: promessas, acusações, bate-bocas, rios de dinheiro gastos em propaganda. Quando a disputa é nacional – como agora, para o cargo de presidente –, tudo ganha ainda mais força. E, desta vez, o pleito promete ser acirradíssimo, contrapondo as duas principais forças políticas dos últimos tempos no Brasil. Antes mesmo do prazo legal estabelecido, os candidatos já se empenham em atos de campanha e lançam mão dos mais diversos artifícios. Por enquanto, o que se vê são apenas trocas de xingamentos. Algo desnecessário e, mais que isso, que não levará a disputa a um resultado produtivo. Afinal, estamos falando do futuro da nação. Em paralelo, uma “terceira via” realmente forte ainda não se apresentou para trazer alternativas.

A impressão – ou quase certeza – que temos é de que política no Brasil é uma atividade que visa a privilégios próprios e obtenção de vantagens individuais. Tome-se como exemplo o fundo eleitoral: enquanto o país ainda se recupera de uma grave crise, parlamentares aprovam um orçamento escabroso de R$ 4,9 bilhões para financiar campanhas. Um total contrassenso. Difícil encontrar um cidadão que se orgulhe dos “representantes do povo”, embora, claro, ainda haja muitos bons exemplos espalhados pelo país, pessoas comprometidas com o país e que buscam, de fato, trabalhar para a sociedade. Pena que esses não têm o devido reconhecimento e muitas vezes acabam corrompidos pelo tal “sistema”.

O Brasil amarga bons anos de dificuldades, que vão além da gestão atual. Os próximos mandatários (nas esferas federal e estadual) terão a grande responsabilidade de reconstruir o que foi perdido e ir além, pavimentando o caminho de volta ao desenvolvimento. Precisamos de propostas e compromissos sérios para a economia, a saúde, infraestrutura, desenvolvimento de negócios e, principalmente, para o empreendedorismo e a educação. Esta é a principal arma que garante liberdade a qualquer cidadão. Enquanto governantes não atentarem que apenas fortes investimentos em educação permitirão que o Brasil cresça com pujança, continuaremos a nos arrastar lentamente, ou mesmo andaremos para trás.

Política e eleição sempre foram campos complicados no Brasil. Interesses pessoais ou de grupos dominantes costumam se sobressair acima do que é melhor para a nação como um todo. Precisamos caminhar em outra direção, e esta é a do desenvolvimento, que não admite corrupção. Mais do que nunca, fazer boas escolhas significa definir o rumo do país.

Sempre é hora de empreender

Janguiê Diniz, | qua, 25/05/2022 - 13:47
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Recorrentemente me deparo com pessoas de 30, 40 anos que dizem ser “muito tarde para empreender”, como se suas vidas já estivessem no fim. Quando me dizem isso, trato sempre de dissuadi-las da ideia e mostrar que, ao contrário, todo dia é um ótimo tempo para começar a empreender. Quem acha que está fora da idade está se impondo uma limitação inexistente. O empreendedorismo, que leva ao sucesso e à prosperidade, é uma atividade democrática e abrangente, que aceita qualquer um que a deseje de verdade.

Ora, temos grandes exemplos de empreendedores que iniciaram grandes projetos já com idade avançada. Roberto Marinho fundou a Globo aos 60 anos; John Pemberton descobriu a fórmula da Coca-Cola aos 55; Silvio Santos, que fora vendedor, criou o SBT aos 50; e a primeira franquia da rede KFC foi vendida por Harland Sanders quando este tinha 62 anos de idade. Isso para citar apenas alguns poucos nomes. O que essas pessoas têm em comum? Primeiramente, são empreendedores obstinados que tinham grandes desejos e que lutaram para torná-los realidade. Também são pessoas que reuniram as habilidades e competências para seguirem em frente em seus propósitos. Principalmente, eles jamais desistiram.

Eu, por exemplo, já passei dos 50 anos, e nem por isso me sinto “fora de hora” para empreender. Como sou inquieto, inconformado, um obstinado patológico, digo que minha vida empreendedora está começando de verdade agora. Sei que ainda tenho muito a criar, conquistar, realizar, e vou fazer tudo isso com garra, determinação e muito trabalho. Sempre defendo que empreendedorismo não é só uma atividade empresarial, mas um estilo de vida, um modo de pensar e agir. Assim sendo, não há idade para empreender. Há, sim, vontade.

Inovar é preciso

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

por Geraldo de Fraga | qua, 18/05/2022 - 19:03
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O que lhe vem à mente quando se fala em inovação? Grandes soluções tecnológicas revolucionárias, como o iPhone? Rompantes de criatividade aplicados em um produto ou serviço super novo? Ora, isso é, de fato, inovar, mas não se deve pensar que a inovação se resume a algo grandioso ou muito disruptivo. Ela pode – e deve – acontecer no dia a dia, nos mais variados níveis. Sua importância se reforça ao analisarmos o cenário do mercado atual, cada vez mais mutante e competitivo.

Neste novo mundo, especialmente no pós-pandemia, devemos ter consciência de que nossa vida está mudando radicalmente, em especial por causa da inteligência artificial e da automação, que foram altamente impulsionadas pela crise sanitária e seus reflexos. Os competidores das pessoas físicas não têm mais apenas domicílio na cidade, no estado, na região ou no país onde habitam, mas em todos os lugares do planeta. Agora, com o metaverso, a localização geográfica se torna cada vez menos uma barreira. Profissionais competem entre si em escala mundial. Ao mesmo tempo, os concorrentes de pessoas jurídicas não são mais empresas tradicionais, mas as empresas de tecnologia, que vêm causando grandes mudanças no mercado. Com elas, ganharam força a criatividade e a inovação.

Pode-se dizer que a criatividade é o “passo anterior à inovação”. Tem início em uma ideia, que, colocada em prática, desperta o processo de inovação. Inovar é, basicamente, fazer algo diferente. Um conceito simples, que pode ser aplicado no dia a dia. Por exemplo, é sempre possível mudar processos internos, adaptar produtos ou serviços para oferecer melhores experiências aos clientes. Isso é inovar. No ambiente de trabalho, quem mais pode inovar são os colaboradores de uma empresa, que identificam nas rotinas os pontos de gargalos e possíveis aperfeiçoamentos. Cabe à gestão estimular e desenvolver esse pensamento inovador e criativo, já que ele é benéfico à própria organização.

Ou seja, a inovação precisa estar inserida no modelo de negócio da empresa, estabelecida como preceito. Isso também se aplica a profissionais e suas carreiras: há que se ter em mente que pensar e agir de forma inovadora garante diferencial competitivo importante, ainda mais diante de um cenário cada vez mais “apertado”, em que postos de trabalho são bastante disputados. Não se pode contentar em fazer sempre a mesma coisa, há que buscar o novo, o melhor.

O mundo está mudando e, com ele, nossa vida muda também. Negar as tendências e evoluções é estacionar no processo de desenvolvimento. Profissionais e empresas não podem se dar esse luxo, que se configura, na verdade, mais como uma condenação. Quem não inovar está fadado ao fracasso. Pensar e agir fora da caixa nunca foi tão importante.

Questão de perspectiva

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

por Camilla de Assis | qua, 11/05/2022 - 08:56
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O filósofo Leonardo Boff disse certa vez que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”. Ele se referia às diferentes perspectivas que diferentes pessoas podem ter acerca de certo assunto e à importância da empatia nesses casos. Trazendo para o âmbito da vida e da carreira profissional, podemos também abordar o tema sob outra ótica: como encarar a vida. Cada pessoa tem sua maneira, mas, para quem busca se desenvolver, progredir e ter sucesso, um ponto de vista positivo e otimista é sempre a melhor opção.

É muito comum se entregar à negatividade, pensar que os planos não vão dar certo, achar-se distante da vitória. É que, em uma sociedade cada vez mais imediatista, não somos ensinados a pensar no longo prazo e entender que toda realização depende de um processo, que por vezes pode ser demorado ou complicado. No dia a dia, tendemos a voltar atenções e energias a falhas e decepções insignificantes, semelhantes a um ponto preto no centro de uma folha de papel, que chama mais atenção do que toda a extensão branca em volta. Por outro lado, agir com otimismo e positividade é concentrar foco e energia em um dos ingredientes mais poderosos que levam à realização pessoal e à felicidade. Ora, quem pode ter mais chance de sucesso: uma pessoa positiva ou uma negativa? A resposta é bem fácil.

Há que se ressaltar, no entanto, que otimismo e positividade não devem ser apenas abstratos, mas combustíveis para ações concretas. Ser otimista é esperar sempre uma solução favorável, mesmo em situações consideradas difíceis, enquanto a positividade é a tendência ou a prática de ser otimista e anda sempre de mãos dadas com a confiança, a esperança e a fé. Assim como esta última, o otimismo e a positividade também pressupõem ação – afinal, nada vai cair do céu, você precisa correr atrás. É preciso agir, buscar, esforçar-se.

É nas adversidades que o otimismo e a positividade são mais testados. Mesmo no pior cenário, é possível encontrar motivadores para manter a expectativa elevada e fazer o melhor para conquistar os objetivos. Uma pessoa otimista, em geral, é também obstinada, e não se deixa desanimar por causa do tamanho dos desafios. É que o pensamento positivo leva a crer que é possível, o que, por sua vez, estimula a atitude, o planejamento e a busca por soluções.

A realidade, por vezes, pode ser amarga e amedrontadora, isso é fato. No entanto, enxergar o lado bom de cada situação é uma estratégia benéfica para mente e para o corpo, uma vez que não impede o progresso, mas estimula a ação. Olhar o copo “meio cheio” ou “meio vazio” é uma opção pessoal, mas a certeza é que, enchendo-o, ele tende a transbordar, e não secar.

Saúde mental e produtividade

Janguiê Diniz, | sex, 06/05/2022 - 08:14
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Para ter uma vida boa e saudável, é necessário mais do que estar em boas condições físicas. O bem-estar mental também é de primacial importância. Ora, uma vez que a mente comanda o corpo, se ela não está bem, todo o resto fica ameaçado. No âmbito profissional, prezar pela saúde mental é dever de todos, trabalhadores, gestores e empresas. Esse cuidado está diretamente relacionado à produtividade do colaborador e, consequentemente, aos resultados da companhia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui os transtornos mentais entre as três principais causas de afastamento do trabalho. Para se ter ideia, em 2020, por conta da crise sanitária mundial, o número de aposentadorias por invalidez e auxílios-doença reflexos de transtornos mentais e comportamentais concedidos teve uma alta de 26% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Um panorama preocupante, pois explicita o quanto os problemas da mente têm afetado as relações de trabalho.

Neste ponto, é preciso pensar: como empresas podem agir para promover uma melhor saúde mental a seus colaboradores? Há diversas ações possíveis, mas creio que, no geral, ter um ambiente laboral agradável e relações bem estabelecidas é o principal passo. Aí entram questões como a forma de tratamento empregada pelos gestores, o respeito aos limites de cada um, o cumprimento da carga horária estabelecida. É preciso que as companhias atentem que o burnout é uma realidade cada vez mais presente no mundo moderno, mas que deve ser evitada a todo custo, uma vez que um colaborador estafado tem pior rendimento, podendo até ser afastado. Há que se pesar: é melhor cobrar e cobrar e cobrar, ou estabelecer padrões e metas claros, factíveis, que permitam ao trabalhador desempenhar suas funções da melhor forma? Não é mantendo alguém sob constante estresse e pressão que se vai mais longe – o resultado pode ser um tropeço no meio do caminho. O estresse produtivo deve ser bem medido, a fim de gerar as entregas pretendidas, sem ir além da capacidade da pessoa.

Ao mesmo tempo, cada um de nós precisa cuidar de sua saúde mental, dentro e fora do trabalho. Realizar atividades físicas, estimular a mente com coisas positivas, ter uma boa alimentação e dormir bem são algumas das atitudes que ajudam a proteger a mente. É preciso equilíbrio. No ambiente de trabalho, é sempre positivo ter pausas curtas de tempos em tempos para “arejar a cabeça”, esticar as pernas e poder retomar com mais foco. É improdutivo, por exemplo, passar horas ininterruptas olhando para uma tela de computador ou sob estresse constante. Sabendo administrar seu tempo, é possível manter um mínimo de conforto para priorizar, também, a saúde mental.

A mente é o principal aliado em qualquer objetivo ou atividade. Quando ela não está em perfeito estado, o corpo também sofre. Por isso, blindar, ou, ao menos, atenuar os impactos negativos externos sobre a mente é importante para viver uma vida mais saudável e produtiva. Quando todos, profissionais e empresas, entendem isso e agem, cada um em seu âmbito, para cuidar da saúde mental, o resultado é, sem dúvidas, mais produtividade, lucro e sucesso.

Exemplos que inspiram

Janguiê Diniz, | qua, 04/05/2022 - 15:03
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Quando crianças, ainda aprendendo como viver, é comum observarmos o comportamento daquelas pessoas mais próximas e que são exemplos para nós: nossos pais e parentes. Durante a vida, esse costume se repete e absorvemos muito de outras pessoas. No contexto profissional e empresarial, não seria diferente. A essa atitude de observar o outro e reproduzir ou inspirar-se em seus passos, é dado o nome de modelagem, uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional.

A modelagem significa que podemos “copiar” o que grandes homens e mulheres bem-sucedidos fizeram e fazem de bom e aplicar essas mesmas ideias e atitudes em nossa vida e em nossos negócios, gerando, dessa forma, um atalho de evolução e crescimento. Ora, o raciocínio é bem simples: ninguém precisa reinventar a roda, uma vez que ela comprovadamente funciona muito bem. Basta usá-la como modelo.

Modelar alguém é transportar as experiências daquela pessoa para a sua própria vivência. Isaac Newton bem disse certa vez: “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre os ombros de gigantes”. É dessa forma, apoiando-se nos gigantes, que você também pode crescer e se desenvolver, alcançar novos patamares de forma mais fácil e menos dolorosa. É muito mais fácil e mais barato aprender com os erros dos outros, certo? Evitar repeti-los garante agilidade e menos interrupções no percurso.

Apesar de a modelagem soar como mera cópia, importa ressaltar que a simples imitação, por si só, pode não ser frutífera, visto que cada pessoa tem uma jornada própria. A estratégia correta é observar, absorver os aprendizados e aplicar em sua trajetória de forma adaptada, de acordo com seu contexto e sua realidade. Não se trata de uma reprodução rasa, irracional, mas de inspiração e aprendizado. Quando feita da forma correta, a modelagem traz inúmeros benefícios e vantagens.

Todos nós temos modelos na vida. Observá-los e tentar aprender deles é como pegar um atalho. Saber por que problemas passaram, como os superaram e como chegaram aonde estão hoje também nos permite conseguir o êxito de forma mais “fácil”. Esse é o grande poder da modelagem: encurtar caminhos, trazer ensinamentos e impulsionar vidas e carreiras.

A arte de se relacionar

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

| qua, 20/04/2022 - 09:07
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Diz-se popularmente que “ninguém é uma ilha”. A frase, embora soe batida, exaustiva, encerra em si uma ideia muito importante e que deve levar à reflexão no âmbito pessoal e no profissional. De fato, não fomos feitos para viver isolados, mas em sociedade, coletividade. Saber se relacionar é uma habilidade essencial para quem quer se desenvolver na vida, pois é com as conexões certas que se consegue alcançar novos patamares. Essa é a arte do networking.

Networking, na verdade, está relacionado ao ato de criar e manter contatos ativos e dinâmicos, formando um grupo de pessoas que se apoiam entre si na busca de seus objetivos. Entenda-se: não é apenas “se aproveitar” do que os outros podem oferecer, mas também estar disponível para ajudar, conectar pessoas, ofertar seus conhecimentos e habilidades, ou mesmo companhia quando necessário. Em suma, é ter relações saudáveis, produtivas e duradouras, em que todos se beneficiem. Dessa forma, fica claro que networking não é um termo que abrange apenas o âmbito profissional, mas todos os relacionamentos da vida.

O poder do networking na construção do sucesso é inquestionável. Com ele, é possível conquistar um círculo de apoio poderoso e confiável nos eventos importantes da vida pessoal e profissional. Mas o networking precisa ser construído com transparência, honestidade, sinceridade e ética para funcionar, uma vez que ele é, como se costuma dizer a arte de ser interessante sem ser interesseiro. Isso exige autenticidade nas relações. E isso não é algo fácil de disfarçar: pessoas que se aproximam de outras só por interesse próprio podem ser logo identificadas. Atitude nada ética, que deixa qualquer um mal visto, principalmente um profissional. Portanto, a ordem é firmar conexões que sejam vias de mão dupla – ou múltipla.

Todo mundo precisa se relacionar para viver, trabalhar, até casar. Por mais óbvia que essa afirmação possa parecer, muitas pessoas não atentam para a importância de criar boas relações. O networking é, então, uma das bases da vida como um todo: é impossível seguir sem se relacionar bem. Em todos os aspectos, mas principalmente no profissional, faz-se necessário que os relacionamentos sejam honestos, frutuosos e tragam vantagens para todos os envolvidos. Assim, todos ganham e crescem juntos.

Mais diverso, maior sucesso

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

| qua, 13/04/2022 - 10:16
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Um dos temas mais em voga na atualidade é a questão da diversidade. Evoluímos como sociedade e, hoje, incluir é uma premissa. Mas pensar em diversidade não tem apenas o viés social e ético; soma-se também o aspecto econômico. No âmbito empresarial, ter equipes diversas é importante até mesmo para ter melhores ideias.

É preciso pensar a diversidade mais a fundo, saindo de questões como preconceito e exclusão social – embora estas sejam de grande relevância, do ponto de vista empresarial, o pensamento deve ir além. Ora, é preciso ter em mente que vivências diversas trazem pontos de vista diversos, que, por sua vez, podem resultar em ideias melhores. Imagine juntar, na mesma equipe de trabalho, pessoas com diferentes históricos de vida, de segmentos diferentes da sociedade. Cada uma dela poderá ter uma opinião diferente sobre determinado tema e a conjunção de todas tem potencial de gerar uma solução mais acurada para o problema em questão.

A diversidade não traz benefícios só para a empresa, mas também para os próprios colaboradores. Estando em contato com pessoas que vêm de “lugares” diferentes, todo mundo pode trocar ideias, experiências, partilhar vivências e pensamentos, criando uma sinergia interessante onde todos têm a ganhar e crescer. É preciso, inclusive, que a gestão estimule esse intercâmbio entre a equipe, pois ele tem muito potencial de gerar conexões poderosas e um melhor trabalho. Ao entender o mundo do outro, eu acabo expandindo meus horizontes de pensamento e posso também raciocinar em direção a algo diferente.

Se uma empresa busca ser diversa, ela deve estabelecer políticas bem definidas para tal. A formação das equipes pode e deve levar em conta critérios de diversidade. Cabe ao setor de capital humano trabalhar nesse sentido, não só nas contratações, mas – e principalmente – no dia a dia, capacitando e reciclando os funcionários. O estímulo à quebra de barreiras e preconceitos é crucial.

Proponho uma reflexão: que equipe poderia ter uma solução mais robusta para um problema, uma formada por pessoas “parecidas” ou uma mais “diferente”? De certo, a segunda opção, uma vez que os diversos pontos de vista chegariam a um denominador mais abrangente. Esse pensamento diverso é proveitoso principalmente na criação de produtos e serviços, por exemplo, uma vez que impacta na relação de uma empresa com seu público e mesmo em sua imagem. Saber ser diverso é, cada vez mais, questão de sobrevivência e crescimento.

A quem serve a guerra?

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

| qua, 06/04/2022 - 12:05
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Desde o dia 24 de fevereiro deste ano, o mundo tem se chocado com as imagens vindas na Ucrânia. Prédios sendo bombardeados, cidades destruídas, pessoas desesperadas fugindo de casa. A operação militar de invasão deflagrada pela Rússia levou caos ao país vizinho e instaurou clima de tensão e medo ao redor do globo. A guerra pode parecer geograficamente distante do Brasil, mas a verdade é que esse conflito tem tudo a ver com as nossas vidas e pode ter reflexos diretos em diversos aspectos do nosso dia a dia.

A tensão entre Rússia e Ucrânia vêm crescendo desse 2014, culminando no estado de guerra atual. Diversos conflitos de interesses, que não envolvem apenas os dois países, têm influência sobre o imbróglio. No fundo, tudo se resume a disputas por poder e riquezas. Chega a ser surreal imaginar que, em pleno século 21, estejamos presenciando uma guerra – o imaginário das duas Grandes Guerras do século passado vem à tona e parece ser algo inconcebível para os dias atuais.

Independentemente de diferenças políticas e ideológicas, o ódio e o conflito jamais são a melhor saída. Muito pelo contrário. Eles só produzem violência e negatividade e, no caso dessa triste guerra, levam à destruição e à morte de pessoas inocentes. São lamentáveis as cenas de crianças, mulheres e idosos que nada têm a ver com a briga entre os governantes dos seus países tenho que fugir, desesperados, em busca e abrigo, muitos até em outros países. Descaracteriza-se uma nação, abalada não só fisicamente pelos mísseis, mas socialmente.

Ora, ninguém sairá ganhando com a guerra. Perde o mundo inteiro. A humanidade já não sofreu o bastante com conflitos armados em sua história? Não se trata aqui de defender um lado ou outro, mas de clamar pela paz. E como podemos chegar à paz? Somente pelo diálogo, pela democracia, pelo respeito às diferenças. O entendimento sempre será a melhor forma de resolver qualquer conflito. Sentar à mesa de negociação é o caminho a ser tomado pelos governantes envolvidos na guerra. Até lá, soldados inocentes, muitos deles avessos à luta armada, continuarão morrendo dos dois lados, deixando suas famílias e nações em um luto terrível; civis igualmente inocentes também perecerão, tidos como “margem de erro”.

Não é hora de se manter neutro, nem defender um lado ou outro. As nações do mundo inteiro precisam trabalhar num esforço conjunto para simplesmente encerrar essa guerra que não trará benefícios a ninguém, nem mesmo aos ocasionais “vitoriosos”. A concórdia deve ser o objetivo neste momento, pelo bem da humanidade. Que o povo da Ucrânia encontre logo o caminho da paz e que possamos também ser pessoas mais tolerantes e abertas ao diálogo no nosso dia a dia.

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