Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Um jogo do Brasil, uma camisa do México e um treino da Espanha

Luiz Mendes, | sex, 13/06/2014 - 11:21
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Um jogo do Brasil, uma camisa do México e um treino da Espanha

Já está tendo Copa e pra mim começou ontem ou antes de ontem. O dia que antecedeu a minha chegada ao Salvador foi marcado pela tensão e ansiedade por ter a oportunidade de cobrir a minha primeira Copa do Mundo in loco e isso refletiu no meu corpo na forma de febre, calafrios e disfunções intestinais.

Passado, em partes, todo o mal era hora de cair em campo e ir ao trabalho. 12 de março foi o dia que os cronistas esportivos foram obrigados a trocar a namorada por outra paixão, o jornalismo.

Não há do que reclamar quando você passa lembrar que está realizando um sonho de infância e ainda recebendo por algo que muita gente faria questão de pagar para estar no seu lugar. Às vezes exercer o jornalismo é melhor do que trabalhar.

Vestido com uma camisa da seleção mexicana recém-ganhada no Dia dos Namorados chego ao Centro de Mídia da Fonte Nova, em Salvador. O traje e o nome latino fazem com que todas as pessoas que se dirigiam até mim sempre vinham acompanhadas de um “¡Hola! ¿Qué tal?” ou um “Muchas Gracias”. Durante muito tempo fiquei gostando da brincadeira.

Estava feliz, pero no mucho. Já sabia que a coletiva do treinador da Holanda iria me permitir assistir apenas os primeiros minutos do jogo do time de Felipão. Antes disso tinha que conferir as palavras de Casillas, Xavi e Del Bosque sobre a estreia da atual campeã mundial. Fora o ar prepotente dos jogadores de Real Madrid e Barcelona, nada de muito diferente. Segue o passeio na roça.

Logo depois fui até as tribunas de imprensa conferir o treinamento do os espanhóis. Não sabia eu que eles queriam privacidade e dez minutos após a minha chegada fui convidado gentilmente a me retirar do recinto.

Hora de esperar o início do jogo do Brasil. Ao meu lado Breno Costa, do Diário de Pernambuco, e dividiam a mesa conosco um árabe, cinco japoneses, um italiano e outro brasileiro. Foi a segunda vez que vi um jogo da seleção repleto de estrangeiros por perto. É uma sensação bacana ver como eles veneram o time brasileiro. Recomendo.

Como a alegria dos menos favorecidos não dura muito, estava na hora de ir para a coletiva dos holandeses. Nesse momento o Brasil já tinha empatado a partida contra a Croácia e estava bem melhor no jogo. A alegria dos menos favorecidos teve seu efeito bumerangue. Antes que chegássemos ao local da entrevista, fomos avisados que ela tinha sido adiada e seria realizada apenas após o final do primeiro jogo da Copa do Mundo. Ainda deu tempo de ver Fred e a sua atuação mambembe dentro da área que resultou no segundo gol brasileiro.

Mas as máximas populares são impiedosas e foi-se a alegria outra vez. O sinal do jogo é interrompido nas TVs do Centro de Mídia com a imagem do treinador holandês e o principal craque do seu time na área da entrevista.Todos jornalistas que estavam no local abandonaram Neymar & Cia e correram para a coletiva, pois estavam ali pra isso.

O gol de Oscar só deu pra ver quando já passavam os melhores momentos da partida. Meu primeiro dia de Copa me rendeu novas e boas histórias. Ainda bem que anda faltam 30 dias para isso acabar.

3 dentro

- Neymar. A primeira atuação do principal jogador da seleção mostra que ela quer essa Copa pra ele. Assim como 1986 foi de Maradona. Começou melhor do que muitos esperavam.

- Oscar. O mais questionado dos atletas do Brasil no período pré-Copa, o camisa 11, se não calou, fez alguns críticos engolirem as palavras pelo futebol que demonstrou ontem. O fato enche a torcida de esperança, pois todos sabem que ele pode render mais.

- Julio Cesar. Outro nome que sempre vem acompanhado pela desconfiança se mostrou seguro e necessário quando foi preciso.

3 fora

- Fred. Aguardado como homem gol do Brasil, só foi percebido pelo bisonho pênalti que cavou. Tem crédito porque pode ser decisivo como poucos dentro da seleção.

 - Yuichi Nishimura. O árbitro japonês mostrou mais uma vez ser muito fraco na arte de soprar apito. A demora em aplicar os cartões para os croatas e o bisonho pênalti marcado em Fred foram suas marcas no jogo.

 

- Daniel Alves. Sem acertar cruzamentos e dando espaços pelo lado direito da defesa do Brasil, o jogador do Barcelona deixou muito a desejar.Um jogo do Brasil, uma camisa do México e um treino da Espanha

Já está tendo Copa e pra mim começou ontem ou antes de ontem. O dia que antecedeu a minha chegada ao Salvador foi marcado pela tensão e ansiedade por ter a oportunidade de cobrir a minha primeira Copa do Mundo in loco e isso refletiu no meu corpo na forma de febre, calafrios e disfunções intestinais.

Passado, em partes, todo o mal era hora de cair em campo e ir ao trabalho. 12 de março foi o dia que os cronistas esportivos foram obrigados a trocar a namorada por outra paixão, o jornalismo.

Não há do que reclamar quando você passa lembrar que está realizando um sonho de infância e ainda recebendo por algo que muita gente faria questão de pagar para estar no seu lugar. Às vezes exercer o jornalismo é melhor do que trabalhar.

Vestido com uma camisa da seleção mexicana recém-ganhada no Dia dos Namorados chego ao Centro de Mídia da Fonte Nova, em Salvador. O traje e o nome latino fazem com que todas as pessoas que se dirigiam até mim sempre vinham acompanhadas de um “¡Hola! ¿Qué tal?” ou um “Muchas Gracias”. Durante muito tempo fiquei gostando da brincadeira.

Estava feliz, pero no mucho. Já sabia que a coletiva do treinador da Holanda iria me permitir assistir apenas os primeiros minutos do jogo do time de Felipão. Antes disso tinha que conferir as palavras de Casillas, Xavi e Del Bosque sobre a estreia da atual campeã mundial. Fora o ar prepotente dos jogadores de Real Madrid e Barcelona, nada de muito diferente. Segue o passeio na roça.

Logo depois fui até as tribunas de imprensa conferir o treinamento do os espanhóis. Não sabia eu que eles queriam privacidade e dez minutos após a minha chegada fui convidado gentilmente a me retirar do recinto.

Hora de esperar o início do jogo do Brasil. Ao meu lado Breno Costa, do Diário de Pernambuco, e dividiam a mesa conosco um árabe, cinco japoneses, um italiano e outro brasileiro. Foi a segunda vez que vi um jogo da seleção repleto de estrangeiros por perto. É uma sensação bacana ver como eles veneram o time brasileiro. Recomendo.

Como a alegria dos menos favorecidos não dura muito, estava na hora de ir para a coletiva dos holandeses. Nesse momento o Brasil já tinha empatado a partida contra a Croácia e estava bem melhor no jogo. A alegria dos menos favorecidos teve seu efeito bumerangue. Antes que chegássemos ao local da entrevista, fomos avisados que ela tinha sido adiada e seria realizada apenas após o final do primeiro jogo da Copa do Mundo. Ainda deu tempo de ver Fred e a sua atuação mambembe dentro da área que resultou no segundo gol brasileiro.

Mas as máximas populares são impiedosas e foi-se a alegria outra vez. O sinal do jogo é interrompido nas TVs do Centro de Mídia com a imagem do treinador holandês e o principal craque do seu time na área da entrevista.Todos jornalistas que estavam no local abandonaram Neymar & Cia e correram para a coletiva, pois estavam ali pra isso.

O gol de Oscar só deu pra ver quando já passavam os melhores momentos da partida. Meu primeiro dia de Copa me rendeu novas e boas histórias. Ainda bem que anda faltam 30 dias para isso acabar.

3 dentro

- Neymar. A primeira atuação do principal jogador da seleção mostra que ela quer essa Copa pra ele. Assim como 1986 foi de Maradona. Começou melhor do que muitos esperavam.

- Oscar. O mais questionado dos atletas do Brasil no período pré-Copa, o camisa 11, se não calou, fez alguns críticos engolirem as palavras pelo futebol que demonstrou ontem. O fato enche a torcida de esperança, pois todos sabem que ele pode render mais.

- Julio Cesar. Outro nome que sempre vem acompanhado pela desconfiança se mostrou seguro e necessário quando foi preciso.

3 fora

- Fred. Aguardado como homem gol do Brasil, só foi percebido pelo bisonho pênalti que cavou. Tem crédito porque pode ser decisivo como poucos dentro da seleção.

 - Yuichi Nishimura. O árbitro japonês mostrou mais uma vez ser muito fraco na arte de soprar apito. A demora em aplicar os cartões para os croatas e o bisonho pênalti marcado em Fred foram suas marcas no jogo.

- Daniel Alves. Sem acertar cruzamentos e dando espaços pelo lado direito da defesa do Brasil, o jogador do Barcelona deixou muito a desejar. 

Nniguém ama mais o futebol do que o brasileiro

Luiz Mendesl, | qua, 11/06/2014 - 11:38
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Já não somos mais unanimidade dentro das quatro linhas. Existem times tão bons e até melhores que o nosso. Porém, o título de povo mais apaixonado por futebol não há no mundo quem nos tire tal alcunha.

É por amor que fazemos coisas lindas e ridículas. Namorados fazem e torcedores também. Chorar, sorrir, vestir a melhor roupa, se produzir. Mudar a voz e falar feito criança ou urrar como o mais bruto dos bárbaros em combate.

A Copa do Mundo no Brasil traz à tona esse sentimento afetivo ao esporte bretão. E sem ufanismo. O brasileiro até é apaixonado pela sua seleção, mas o amor de verdade, não aquele que dá e passa, é pelo futebol.

Em que outro país um simples treino da seleção australiana teria oito mil pessoas nas arquibancadas? Que outro povo faria festa e pintaria o rosto para o seu maior carrasco em Copa do Mundo, assim como fizeram as pessoas em Ribeirão Preto-SP para a França? Que tipo de fanatismo explica torcedores em Minas Gerais passarem a madrugada na fila para poder assistir a movimentação da Argentina, maior rival do Brasil no futebol?

Estamos prestes a entrar naquele período mítico que ocorre a cada quatro anos. Que um jogo entre Bósnia x Nigéria deixa paralisado em frente a TV até quem não faz a mínima noção de onde ficam os dois países. Que número de fanáticos por futebol no Brasil aumenta, pois é a hora em que aqueles que dizem que só torcem pra seleção em período de Copa podem cumprir as suas promessas. Aproveitemos. Pois a Copa do Mundo é nossa, pois amamos futebol.

3 dentro

- Santa Cruz. Acertou em dispensar o meia Raul. Há muito tempo o jogador se mostrava desinteressado no Arruda. Diretoria promete diminuir ainda mais o inchado elenco coral.

- Portugal. Em seu último amistoso antes da Copa, o selecionado lusitano goleou a Irlanda. Na partida foi possível ver todo o poder ofensivo do time, mesmo com seu principal jogador, Cristiano Ronaldo, ainda não estando 100% das suas condições físicas.

- Juninho Pernambucano. O ex-meia do Sport é citado na biografia do volante italiano Pirlo. Segundo o jogador da Juventus, o pernambucano é a sua maior inspiração nas cobranças de falta.

3 fora

- Joseph Blatter. O suíço é adepto ao continuísmo no poder e dessa forma quer se perpetuar no comando da Fifa. No congresso técnico da entidade serviu para o mandatário fazer sua campanha para a sexta reeleição. Como instrumento de cooptação, prometeu dar U$ 1 milhão para cada confederação filiada a entidade.

- Lesões. A Copa do Mundo no Brasil nem começou e já, pode ser considerada a que mais deixou de contar com grandes jogadores devido a contusões. Alguns fatores são atribuídos ao grande número de desfalques, como o calendário do futebol mundial, com excesso de jogos, e a prioridade dos jogadores a seus clubes ao invés das seleções.

- Obras. O mundial vai começar e aquilo que ficou prometido como legado ficou pelo caminho. Não se pode lamentar o tempo perdido. O momento é de cobrar as promessas, mesmo que essas sejam cumpridas de forma tardia.

Xadrez ou cano alto

por Luiz Mendes | sex, 06/06/2014 - 08:30
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Não se espantem. Essa coluna continua tendo como principal tema o esporte, com o futebol um espaço maior. Mas hoje o assunto é moda. A Copa do mundo está chegando e com ela as tendências no vestuário e na imagem dos atletas.

Em todo mundial as fornecedoras de material esportivo aproveitam a visibilidade do evento para lançar as novidades em camisas e chuteiras. Se por um lado é mostrado todo o avanço tecnológico nos materiais com que as peças são produzidas, a questão bom gosto anda deixa muito a desejar.

Em 2014 as duas principais marcas esportivas do mundo erraram feio na mão, melhor dizendo nos pés dos jogadores. A alemã Adidas, líder do mercado e patrocinadora oficial da Fifa, aposta no preto e branco nos seus novos modelos de chuteira. Os desenhos variam conforme cada linha. Algumas parecem bandeiras quadriculadas da Fórmula 1 e outras simulam peles de animais. 

A Nike foi mais ousada e lançou uma espécie de bota para os jogadores. Para os saudosistas pode até lembrar os calçados utilizados pelos jogadores de futebol até o início da década de 50 do século passado. Segundo a empresa, a Magista, nome dado à nova chuteira, dá maior conforto e precisão aos atletas. Além de o modelo ser exótico, outro detalhe que chama muito atenção dos espectadores são cores, laranja e amarelo fluorescente. 

Está cada vez mais difícil encontrar jogadores que optem por modelos mais discretos. Chuteiras todas pretas, sem maiores detalhes além da marca da fabricante, são artigos em extinção nos gramados.

3 dentro

- Vitória. Há muito tempo o time feminino de Vitória de Santo Antão é uma das principais forças da categoria no Brasil. Em Pernambuco a hegemonia prevalece. As Guerreiras das Tabocas seguem para conquistar o quinto título consecutivo do Campeonato Pernambucano. Na primeira partida da final venceram o Sport, na Ilha do Retiro, por 4 a 2.

- Fifa. Além das punições, a entidade que gere o futebol mundial acerta em fazer campanhas tentando afastar ações racistas nos estádios. Desta vez a Fifa pede que os torcedores façam uma foto com a hashtag #SayNoToRacism. As imagens serão exibidas nos telões dos estádios durante as quartas de final da Copa do Mundo.

- Rússia. A seleção comandada pelo italiano Fábio Capello conseguiu fazer algo muito raro em tempos de futebol globalizado. Todos os jogadores do time russo atuam no futebol do país. Para que isso fosse possível, o técnico deixou de foras grandes nomes  como o meia Andrei Arshavin.

3 fora

- STJD. Aliviar a pena do Santa Cruz pela morte ocorrida no dia 2 de maio na partida contra o Paraná foi um erro. Dos dez jogos previstos sem o mando de campo, o time tricolor só irá cumprir três. Como já foram realizados dois, o time coral só atuará sem torcida agora apenas na partida contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil. Com essa atitude, o tribunal minimiza o valor da vida e abre um precedente perigoso para futuros casos.

- Paraíba. O futebol paraibano é um dos mais bagunçados do Brasil. A federação sofreu uma interdição judicial e tirou a presidente do cargo, um time que não ganhou nenhuma partida subiu de divisão e na última quinta-feira um jogou deixou de ser realizado por não haver tinta para fazer as demarcações no campo. A coisa está feia na terra de José Lins do Rêgo.

- Ministério do Esporte. O ministro Aldo Rebelo confirmou que não existe um plano B em caso de greve no sistema de transporte durante a Copa do Mundo. Atualmente a cidade de São Paulo, que receberá a partida de abertura do mundial, está sofrendo com trânsito por conta da paralisação dos metroviários.

A Copa de Neymar

Luiz Mendes, | qua, 04/06/2014 - 09:46
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Desde a Copa de 2010 Neymar é o principal nome da seleção brasileira. Ainda com 18 anos, até então promessa no Santos, o nome do jovem atacante foi alardeado pelos quatro cantos do país para estar entre os convocados que disputariam o mundial da África do Sul. Dunga, no seu melhor estilo marcador, entrou de carrinho nas esperanças da torcida e deixou o menino magricelo e de cabelos moicanos de fora da sua lista.

Quatro anos se passaram e o corte moicano permanece lá, agora mais discreto. A promessa santista já e realidade em Barcelona e é impossível retirar o número dez da camisa amarela dele.  A Copa do Brasil é a Copa de Neymar. É muita responsabilidade para um garoto de 22 anos, mas parece não pesar nada nele.

Ano passado, na Copa das Confederações, já mostrou não se assustar com tradicionais camisas adversárias. Marcou gols contra Itália e Espanha, e mostrou que aqueles monstros do futebol europeu não são tão bravos assim.

Se o sexto título mundial não for conquistado dentro de casa, nada de crucificar o atacante, nem batizar uma era com o seu nome. No mínimo ele terá mais três copas pela frente. Mais se aquela corrente pra frente, que há 44 anos eram de 90 milhões em ação e que hoje são quase 200 milhões, se fizer presente, Neymar será alçado no olimpo dos grandes jogadores de todos os tempos da centenária seleção brasileira.

3 dentro

- Santa Cruz. Desconfianças pairavam sobre a sequência de empates do time do Arruda. Eis que elas se encerraram e três vitórias depois a equipe comandada pelo questionado Sérgio Guedes é única invicta nas Séries A e B. Tricolores começam a sonhar com o acesso.

- Sidney Moraes. Tendo que ser virar com um time desfigurado, que está se conhecendo com a bola rolando, o jovem técnico do Náutico mostra ter jogo de cintura para trabalhar em condições adversas. A parada para a Copa do Mundo veio em boa hora para os alvirrubros.

- Neto Baiano. O atacante voltou a marcar na última partida do Sport e mostrou mais uma vez ser essencial para o time do técnico Eduardo Batista. Seja com a sua presença de área ou nas bolas paradas, o camisa 9 é o principal jogador do time.

3 fora

- Itaquerão. Palco de abertura da Copa do Mundo, a promessa dos responsáveis pela obra é que o estádio esteja em perfeitas condições apenas a seis dias do início do mundial. Se fosse por questão políticas, o bom senso geral levaria a primeira partida da Copa para outro estádio.

- Site da Fifa. Não são poucas as reclamações de torcedores que tentaram comprar os últimos ingressos para a Copa do Mundo. As principais queixas foram a demora em conseguir acessar a página e localizar os bilhetes para os maiores jogos.

- Maracanã. O estádio carioca que vai receber jogos da Copa está ameaçado por um mais uma greve a poucos dias do início do mundial. O Sindicato dos Vigilantes diz que não vai avalizar a contratação de 1.500 profissionais para trabalhar na Copa se a reivindicações da categoria não forem atendidas.

 

 

O salvador não será Natan

Luiz Mendes, | sex, 23/05/2014 - 10:10
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Pela crendice popular há quem afirme que o problema de Natan seja “olhado”. Os que preferem não depositar no sobrenatural a sequência de lesões do meia tricolor, garantem que o questão seja genética. Os mais críticos culpam o Santa Cruz por não saber tratar as mazelas do atleta.

Talvez seja a soma das três coisas elencadas no parágrafo anterior, mas algo precisa ser feito para garantir o futuro, mesmo que breve, do maior talento vindo das divisões de base do Arruda nos últimos anos. Era no futebol de Natan que a torcida coral vinha se apegando para que o time terminasse essa angustiante série de empates no Campeonato Brasileiro.

Esperava-se até que o jogador pudesse está em campo na noite desta sexta-feira para a partida contra o América-MG, porém seria mais prudente aguardar o retorno do camisa 10 apenas após a Copa do Mundo. Em meio a esta indecisão, uma nova lesão, dessa vez na coxa esquerda, frustrou todos os tricolores.

Sobre as várias opiniões que ouvi sobre a situação do jovem atleta, não concordo apenas com quem diz que o jogador deva abandonar o futebol. Talento ele tem. E muito. Não seria justo desperdiçar isso. Pensando no bem do profissional, o Santa Cruz poderia procurar ajuda em outros clubes que têm uma melhor estrutura para a recuperação do jogador.

A torcida se apega naquilo que acredita. Seja nos números ou na fé, o que todos tricolores querem no momento é um jogador que possa resolver a má fase do time. Ao que parece, este salvador não será Natan.

3 dentro

- Walter. Já foi o tempo que o pernambucano era percebido dentro de campo apenas por sempre estar acima do peso. É um jogador acima da média e os dois gols marcados na goleada contra o São Paulo comprovam isso.

- Luis Suárez. Admirável a força de vontade do atacante uruguaio em disputar a Copa de 2014. Ao sair do hospital, após uma cirurgia no joelho, ele foi aclamado por torcedores e afirmou que estará em campo no Brasil com a camisa da Celeste.

- FPF. A Federação Pernambucana de Futebol acertou em pedir para a Polícia Militar impedir a entrada de torcedores da organizada do Corinthians no próximo domingo, na Ilha do Retiro. Ações para coibir a violência nos estádios estão sendo tomadas aos poucos.

3 fora

- Riquelme. A diretoria do Sport ainda não desistiu da ideia de trazer o jogador argentino para a Ilha do Retiro. Além da idade avançada, o jogador não vem passando um bom momento no Boca Juniors. Talvez sirva para o marketing, mas não há garantias de sucesso técnico nesta possível contratação.

- Gilberto Carvalho. Os atrasos e cancelamentos de obras para Copa do Mundo são responsabilidades da imprensa. Pelo menos é que imagina o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Segundo Carvalho, o clima anti-Copa é gerado pelos jornalistas.

- Sport. Clube vinha ganhando destaque nacional não apenas no futebol, mas também com o time de basquete feminino. Após um título e um vice-campeonato na Liga Nacional, o acordo entre o treinador Roberto Dornelas e a diretoria rubro-negra chegou ao fim e o projeto, que vinha dando certo, não terá continuidade. 

Magrão 500

por Luiz Mendes | qua, 21/05/2014 - 08:45
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No dia 9 de abril essa coluna já rendeu homenagem ao goleiro do Sport por conta do seu aniversário. Hoje ela volta a referenciar o maior ídolo da Ilha do Retiro nos últimos tempos.

Quando entrar no gramado do Mineirão esta noite Magrão estará completando 500 jogos com a camisa rubro-negra. É um número significativo, ainda mais em uma época que são poucos os jogadores que conseguem criar uma identidade com a torcida de um terminado clube. Magrão está neste seleto grupo, onde também estão outros goleiros, como Harley, Marcos e Rogério Ceni. 

Entre títulos, rebaixamentos e acessos, o camisa 1 do Sport foi contestado poucas vezes e é quase incontável as glórias do arqueiro, que fez com que boa parte da torcida leonina abandonasse o vermelho e preto nas arquibancadas pelas cores do uniforme daquele que fica debaixo das traves.

No dia 28 deste mês fará seis anos de um dos jogos mais emblemáticos de Magrão no Sport. Era a segunda partida da semifinal da Copa do Brasil de 2008, que o time da Ilha do Retiro venceria naquele ano. O Vasco precisava de um 2x0 jogando dentro de casa para levar o jogo para os pênaltis e conseguiu.

A atuação de Alessandro Beti Rosa naquele dia não foi das melhores. Apesar de uma belíssima defesa após uma cabeçada vascaína e duas pixotadas em saídas do gol, outros dois lances marcaram o goleiro do Sport naquela partida. O Leão estava avançado à final da competição até os 45 minutos do segundo tempo, mesmo perdendo por 1x0. Até que um chute vindo de fora da área foi rebatido por Magrão nos pés de Edmundo. O Animal colocou a bola no fundo da rede e o jogo nos pênaltis.

A ironia do futebol fez com que o camisa 10 vascaíno fosse o responsável pelo único pênalti desperdiçado pelos cariocas e o goleiro pernambucano ser o autor do terceiro gol nas cobranças. Não lembro de Magrão ter marcado outro gol pelo Sport. Mas até este foi dramático. O chute colocado sem muita velocidade ainda tocou o travessão e ultrapassou apenas alguns centímetros após a linha de gol.

Parabéns, Magrão. Muito mais herói do que vilão nessas 500 partidas pelo rubro-negro.

3 dentro

- Sidney Moraes. Um trabalho que inicia com vitória sempre tem que ser celebrado. O novo treinador do Náutico mostrou ser ousado e um pouco irresponsável por fazer três substituições no intervalo da partida. Sorte ou competência, as mudanças surtiram efeito.

- William Alves. Os poucos alvirrubros presentes na Arena Pernambuco ontem protestaram pela entrada do zagueiro que estava no banco de reservas. As vaias podem ter servido de estímulo para o jogador que marcou o gol que iniciou a virada do Náutico contra a Portuguesa.

- Diego Costa. Lesionado, o principal jogador do Atlético de Madrid não quer ficar de fora da final da Champions League. Para isso, ele está tentando de tudo. Inclusive viajou até a Sérvia para fazer um tratamento com placenta de égua. Válido o esforço para participar de um momento histórico para o clube.

3 fora

- Sérgio Guedes. Chegou para ser a solução do mau futebol do Santa Cruz e até agora não conseguiu o objetivo. O espírito motivador não vem dando certo e o time permanece na sequência de empates. Mesmo assim o treinador insiste em dizer que o time está no caminho certo. Só se for em direção à Série C.

- Arena Pernambuco. Amanhã (22) fará um ano que o estádio de São Lourenço da Mata recebeu seu primeiro jogo. Doze meses depois os problemas para chegar ao local dos jogos da Copa do Mundo em Pernambuco são as mesmas. Metrô longe, vias engarrafadas e ausência dos ônibus.

- Telefonia. Quem quiser ligar para casa para avisar que está vendo um jogo da Copa nos estádios de São Paulo e Curitiba não vai conseguir. Executivos do setor reconheceram que não será possível instalar a tempo os equipamentos de telefonia e banda larga 3G e 4G.

Carta para um Jackson do Pandeiro tricolor

Luiz Mendes, | seg, 19/05/2014 - 09:33
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Caro Jackson,

O Santa Cruz não tem um time de primeira. É o mesmo time da terceira e está jogando a segunda.

Sua linha atacante está longe de ser artilheira. Quatro gols em cinco jogos.

A linha média não é tal qual uma barreira. Os buracos são muitos e Sandro Manoel e Luciano Sorriso têm uma boa parcela de culpa por isso.

Sim, Jackson, o centroavante corre bem na dianteira e por mais que ele peça a bola não chega.

Definitivamente, a defesa não é segura e muito menos tem um rojão. Éverton Sena e Renan Fonseca estão mais para espoleta.

Da primeira estrofe da sua bela canção “Um a Um”, o único verso que condiz com a realidade tricolor é o último. O goleiro é igual um paredão.

Passemos para a segunda estrofe. 

O Encarnado, Branco e Preto é um clube que não vale a sua aposta.

Jogar por empate não é para ele, mas o time parece que vai permanecer assim por algum tempo.

Não parta para a violência, Jackson. Recentemente isso deu um problemão e o time já vai ter que fazer cinco jogos fora do Arruda. Então por isso, não dê uma surra em que aparecer.

Um empate é uma derrota para você e para toda torcida tricolor.

Mantenha sua confiança nos craques da pelota e torça para que seu clube jogue para vencer.

3 dentro

- Paulo Henrique Ganso. Talvez ele queira mostrar aos críticos que poderia estar na Copa, mas por conta das lesões não pode dar continuidade ao seu futebol. Com Muricy Ramalho, parece que o compadre de Neymar redescobriu o talento que tem.

- Giovane Augusto. O jogador que já teve passagem pelo Náutico marcou seu nome na história do futebol nacional. Na estreia do tão esperado estádio do Corinthians, foi dele o primeiro gol, responsável pela vitória do Figueirense. 

- Fábio. Até então terceiro goleiro do Palmeiras, o jovem conseguiu o espaço com a contusão do titular Fernando Prass. Nos últimos jogos do alviverde paulista, o novo arqueiro vem sendo considerado o melhor jogador em campo.

3 fora

- Itaquerão. O novo estádio paulista foi inaugurado e, como os outros que vão sediar a Copa do Mundo, foi entregue inacabado. Quem foi ao jogo entre Corinthians x Figueirense se deparou com muitas obras ainda no entorno do estádio.

- Mané Garrincha. O estádio de Brasília foi entregue a mais de um ano e ainda permanece em obras. Quem quiser chegar a mais cara arena da Copa terá que passar por caminhos cheios de lama.

- Racismo. Mais um caso foi registrado na Espanha, país que vem se destacando por essa vergonha da humanidade. Desta vez o ato ocorreu em um jogo da terceira divisão, onde uma senhora torcedora do Llagostera imitou um macaco em direção ao marfinense Mamadou Koné, do Racing Santander.  

Boatos

Luiz Mendes, | sex, 16/05/2014 - 08:22
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A Copa no Brasil trará uma série de benefícios para a população.

A Copa vai e o legado Fifa.

O brasileiro não é um povo preconceituoso.

A Arena Pernambuco não terá problemas de mobilidade.

A Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, é uma realidade.

O Brasil vendeu a Copa de 1998 para a França.

O futebol praticado no Brasil é um dos mais fortes do mundo.

As torcidas organizadas serão banidas do futebol.

A CBF será uma entidade transparente, onde o futebol será mais importante do que as questões financeiras.

Política e futebol não se misturam.

O calendário do futebol nacional é uma maravilha.

Clubes não têm mais dívidas trabalhistas.

Jogadores de futebol recebem os salários em dia.

Não haverá cambista no entorno dos estádios

Torcedores de time diferente poderão assistir jogos uns ao lado dos outros. Sem divisória nas arquibancadas.

O Brasil é a pátria de chuteiras.

3 dentro

- STJD. O tribunal não deixou impune o Santa Cruz pela morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva. O clube perdeu cinco mandos de jogos pela Série B e ainda terá que pagar uma multa de R$ 50 mil.

- FPF. Diante do clima de insegurança que o Recife viveu nos últimos dias, a Federação Pernambucana de Futebol acertou em pedir o adiamento das partidas que seriam realizadas na cidade. Os jogos entre Sport x Bahia e Náutico x Vasco ficaram para o mês de junho.

- San Lorenzo. O clube argentino sempre é associado por ser o time de coração do Papa Francisco. Esse folclore muita vezes esconde a qualidade da equipe que tirou o último brasileiro da Libertadores. O time é forte e técnico. Grande favorito a ser o novo campeão da América.

3 fora

- Joseph Blatter. O maior cartola do futebol mundial admitiu que escolher o Catar para sediar a Copa de 2022 foi um erro. O motivo seria as altas temperaturas no país no período do mundial. Ele só não admitiu que os problemas da Copa no Catar não é apenas esse.

- CBF. A Copa no Brasil está sendo um grande negócio para os dirigentes brasileiros. Desde que o país foi anunciado como sede do mundial, as receitas da confederação triplicaram e hoje somam R$ 451,5 milhões.

- Arena Corinthians. Falta menos de um mês para o início da Copa e ainda são encontrados problemas no estádio que irá receber a primeira partida. O Ministério Público do Trabalho encontrou problemas na movimentação de cargas e jornada excessiva de trabalho dos operários na instalação das arquibancadas móveis provisórias.

Elefante vermelho e branco

Luiz Mendes, | qua, 14/05/2014 - 14:53
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Que sentimento, se não amor, fariam alguém sair de casa em um final de tarde de muita chuva, atravessar toda uma cidade na iminência de uma greve policial, para ver uma partida de futebol, onde seu time foi anunciado com metade da equipe reserva, tendo que reverter um placar de 3 a 0? Mais de trezentas pessoas podem ser declaradas alvirrubras de coração. Fiéis como cachorros de mendigo e apaixonados, daqueles que ainda escrevem cartas de amor a próprios punhos.

Os heróis do Náutico não estavam em campo na noite de ontem. Nem se zagueiro Flávio marcasse o seu terceiro gol no jogo de ontem e a classificação para a próxima fase saísse nos pênaltis, ainda assim nada ofuscaria o brilho daqueles que estavam nas cadeiras da Arena Pernambuco (porque os padrões Fifa extinguiram o termo arquibancada). 

Paixões e romances de lado, o empreendimento erguido e mantido com dinheiro público recebeu seu pior público ontem. Apenas 0,7% da capacidade total do estádio foi preenchida na noite da última terça-feira. 

Seria um enorme prejuízo para o mandante do jogo se não fosse a contrapartida do Estado para as realizações dos eventos esportivos naquele local. Despesas essas que são pagas com o dinheiro do contribuinte. Ninguém sai ganhando com públicos tão pífios assim. Nem mesmo a cervejaria e a construtora que administram a Arena. Ninguém quer associar fracassos a sua marca. 

O torcedor do Náutico é saudoso e muito tradicional. Conservadores em vários pontos, para muitos os Aflitos está fazendo falta. Os órfãos do concreto do Eládio de Barros Carvalho defendem que muita coisa seria diferente se o time de vermelho e branco ainda mandasse seus jogos na Avenida Rosa e Silva. Principalmente público e resultados. 

A questão é que o clube já tem um contrato assinado por 30 anos com Arena e já é tarde demais para recuar de qualquer decisão. Em breve a torcida poderá matar um pouco da saudade do time que jogará na capital pernambucana, pois o empreendimento de São Lourenço da Mata será entregue para a sua finalidade, abrigar jogos da Copa do Mundo. Depois desse período caberá ao Náutico, Governo do Estado e Administradores se reinventarem para tornar viável qualquer coisa, inclusive jogos de futebol, em algo que, agora, tem a obrigação de servir a população, já que é bancada por ela.

3 dentro

- Susie Wolff. Única mulher que atualmente pode guiar um carro de Fórmula 1, a piloto reserva da Williams mostra que pretende ficar nessa condição por pouco tempo. Em testes realizados no circuito de Barcelona, a escocesa ficou na quinta colocação, ficando duas posições na frente do atual tricampeão, Sebastian Vettel. 

- Hachim Mastour. Com 15 anos de idade boa parte dos garotos ainda sonham em jogar em um grande clube da Europa. Para o italiano de origem marroquina isso já é uma realidade. O Milan confirmou que o adolescente já faz parte do elenco principal do time e estará disponível para participar das competições da próxima temporada.

- Yelena Isinbayeva. A musa russa do atletismo confirmou que retornará as pistas logo após dar a luz ao seu primeiro filho, que nascerá no próximo mês. A recordista mundial do salto com vara deixou de competir em agosto do ano passado para ser mãe. A atleta afirmou que assim que estiver recuperada do parto pretende retornar aos treinamentos.

3 fora

- Silvio Guimarães. O futebol pernambucano está de luto esta semana pela morte do ex-presidente do Sport. Silvio esteve à frente do Sport nos anos de 2009 e 2010, conquistou dois campeonatos pernambucanos e ao seu comando o rubro-negro fez a sua melhor campanha na Libertadores da América. 

- Felipão. Às vésperas da Copa do Mundo, onde o treinador é a maior estrela da seleção brasileira, surge a informação que Scolari está sendo investigado pela Procuradoria-Geral de Portugal, acusado de sonegação de impostos. A quantia chegaria a sete milhões de euros.

- Alexandre Mattos. O dirigente do Cruzeiro ganhou os holofotes nos últimos dias pelos seus comentários machistas sobre a auxiliar de arbitragem Fernanda Colombo. Apesar das palavras após o clássico contra o Atlético-MG, o cartola foi premiado como o melhor executivo de futebol do Brasil. A honraria foi da pela Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (ABEX).

Movimento dos Torcedores em Festa

por Luiz Mendes | seg, 12/05/2014 - 09:04
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Eles querem ocupar um pedaço de chão. Nas suas concepções aquela área também pertence a eles e por isso tem todo o direito de estar ali. Se existem cercas, alambrados e olhares pouco amistosos de guardas, não tem problema. O jeito é invadir.

 A discussão voltou à tona nesse domingo, onde os torcedores do Manchester City deixaram as arquibancadas e foram para gramado comemorar o título do Campeonato Inglês da temporada 2013/2014. Mas logo na Inglaterra? Aquele país onde, desde os anos 1990, os torcedores assistem aos jogos sentados, como se estivessem em um teatro?  Onde não há conflitos dentro dos estádios?

Os questionamentos do parágrafo acima vêm daqueles que se conformaram com a reforma feita no futebol mundial e que está chegando ao Brasil. Diferente da agrária, esta tal reforma quer o aumento do latifúndio no esporte bretão. Mais espaço para uma quantidade menor de pessoas. A reforma que está mudando o nome de estádio para arena. O de torcedor por cliente.

Para quem tem o futebol algo tão essencial em sua vida, com a mesma importância do trabalho ou da educação dos filhos, o estádio do seu clube, na verdade, não é do seu clube. É seu. É uma extensão do seu lar e por isso pode bradar a quem quiser ouvir. “Meu estádio”.

Os adeptos da reforma do dito futebol moderno percebem o grande risco que os jogadores correm quando o campo é invadido por aqueles que estavam na arquibancada. Realmente há o terrível risco de cenas de atentado violento ao pudor, como ocorreu no México em 1970, quando a seleção brasileira conquistou o tricampeonato mundial e Pelé teve que deixar o campo apenas de cuecas. Os selvagens mexicanos levaram toda a roupa do rei do futebol, querendo uma lembrança. 

Para os receosos, eu aviso: todas as invasões de campos que vi em três décadas de vida foram de pessoas armadas de bandeiras com as cores de suas agremiações, mas bem que poderiam ser brancas, já que o significado seria o mesmo. Os bárbaros em urros estavam com o rosto camuflado com tinturas que não tentavam disfarçar onde eles estavam e nem qual cor defendiam. Ocuparam o espaço, que até tentam lhes tirar, mas que nunca tiveram dúvida que era seu.

3 dentro

- Sport. Há quem esteja espantado, mas há alguns meses o Sport já mostrava que não seria um mero coadjuvante na Série A do Campeonato Brasileiro. O rubro-negro pernambucano conquistou sete pontos dos 12 disputados, tendo jogado três vezes fora de casa. Resta saber até onde vai o fôlego do Leão. Ainda faltam 34 rodadas.

- Lewis Hamilton. Com todas as mudanças feitas na Fórmula 1 para o campeonato deste ano, era esperado um maior equilíbrio entre as equipes. Mas a Mercedes está contrariando a expectativa e o seu piloto mais talentoso está caminhando para um conquista tranquila do título de 2014.

- Maria Sharapova. A musa russa do tênis venceu o WTA Premier de Madri e vai, aos poucos, voltando para o topo do ranking. O 31º título da carreira fez com que a tenista subisse duas posições na lista, figurando agora na 7ª colocação.

3 fora

- Copa do Mundo. Restando um mês para o início do mundial da Fifa no Brasil, a competição já sabe como vai ser lembrada. A Copa do Improviso. Depois de sete anos para se preparar para receber a competição, o país deixou de cumprir várias promessas que fez no passado.

 - Racismo. Ainda vai demorar para que ele suma da sociedade e paralelamente do esporte. Neste final de semana a vítima foi o jogador guineano nascido na França, Kévin Constant, quando uma banana foi arremessada em sua direção na partida entre Milan e Atalanta pelo Campeonato Italiano.

- Santa Cruz. É importante alguém avisar no Arruda, que se o time do Santa Cruz mantiver a média de um empate por rodada a equipe somará 38 pontos e estará rebaixada a Série C. Já passou da hora do time acordar no campeonato.

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