Exposição e música reacendem cenário underground de Belém

Designer e baterista Victor Alves mostra colagens no espaço Discosaoleo, neste sábado (11), com show da banda Antes do Erro

sex, 10/05/2019 - 12:03

Uma exposição de colagens, com direito a show de banda hardcore e bate-papo, coloca em destaque, neste sábado (11), o cenário underground de Belém. "New Kids On The Black Bloc" é o nome da exposição e, também, do álbum lançado em 2018 pela banda Antes do Erro, que se apresenta no evento, no espaço Discosaoleo, na rua Campos Sales, 628, bairro da Campina. Os ingressos custam R$ 5,00 e podem ser adquiridos na hora.

A exposição é composta por 10 obras idealizadas pelo designer e baterista da banda, Victor Alves. Para ele, o trabalho e as músicas da banda revelam um olhar sobre o cotidiano da cidade e a convivência com pessoas. Além disso, o projeto também faz uma reflexão sobre artes e músicas de outras bandas.

Victor se inspira no estilo de colagem de rua, e que será retratado nas artes expostas. Mas a finalidade é emoldurar. O trabalho está na decoração, desenhos em camisetas, do EP e no álbum lançado, além do flyer de divulgação dos eventos, que são todos de autoria do baterista.

A banda já realizou shows em cidades do interior do Pará, Manaus, Piauí, Maranhão e fez uma minitour em São Paulo. O show mais recente, segundo o vocalista Caio Alves, irmão de Victor, foi muito emocionante. "Foi o lançamento do 1° single da banda, no ano passado, em uma casa de shows na Gentil Bitencourt, Nazaré, em Belém. Cerca de 200 pessoas lotaram esse show”, disse.

O título em inglês é uma sátira a uma Boy Band dos anos 90, New Kids on the Block. No álbum, os meninos da banda Antes do Erro fazem essa referência em tom de sátira com letras em português. 

A cultura undergound está relacionada a música, artes plásticas, literatura e várias outras formas de expressão dos movimentos de arte urbana. “A mostra de trabalhos de arte em show de hardcore era uma prática de certa forma frequente, não só aqui no Estado, mas em outros, e até fora do país. Notamos que essa prática foi se distanciando um pouco. Então, a importância é de juntar diferentes formas de manifestações artísticas, como a música e as artes plásticas, para passar uma ideia das nossas músicas retratadas na exposição e no evento em si”, destacou.

Por Natália Lavoura.

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