Medo no set: equipe fala sobre cenas do Recife Assombrado

Elenco e diretor contaram como foi encenar nos lugares assombrados

por Paula Brasileiro seg, 18/11/2019 - 14:15
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Daniel Rocha, protagonista do filme, 'tremeu' na Cruz do Patrão Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Com estreia marcada para a próxima quinta (21), nos cinemas do Recife e algumas cidades do estado de Pernambuco, o filme Recife Assombrado leva para as telonas algumas das lendas mais conhecidas da capital pernambucana. Nesta segunda (18), parte do elenco e o diretor, Adriano Portela, contaram ao LeiaJá sobre suas assombrações preferidas e situações inusitadas ocorridas nas locações durante as filmagens.

O Recife Assombrado passa por alguns locais bastante estratégicos e conhecidos da capital. A Cruz do Patrão, o cemitério de Santo Amaro e a praça Chora Menino foram algumas locações. Esse lugares são conhecidos por suas histórias de assombrações e mistérios que são perpetuadas há gerações. 

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Para o veterano Germano Haiut, não foi problema lidar com nenhum desses lugares ou histórias. Aos 81 anos de idade, ele já deu vida, inclusive, ao próprio Papa-Figo, em um curta-metragem. E ainda diz que a figura serviu como "psicólogo" em sua criação. "As empregadas na época metiam medo com essas histórias, diziam que ele vinha pegar se fizesse malcriação, eu fui criado com medo do Papa-Figo".

Já Rhaisa Batista sentiu alguns tremores ao gravar no cemitério de Santo Amaro, região central do Recife. Ela conta que em nenhum momento ficou sozinha no local e que preferiu não visitar os famosos túmulos do lugar. "Eu fiquei com um pouquinho de medo quando a gente saiu do cemitério às quatro da manhã. Queriam visitar a Menina Sem Nome, Chico Science, mas eu não fui, preferi ficar mais recolhida. Não é medo, mas não é confortável. Mas também adorei passar essa barreira um pouquinho". 

A unanimidade, no entanto, parece mesmo ter sido a Cruz do Patrão. O local é considerado como ponto de aparições com direito a sons de correntes arrastando e gemidos dos mortos que teriam sido enterrados ali. "Quando eu fiquei sabendo a real história da Cruz do Patrão, eu já me arrepiei todo. Até a nossa energia mudou quando a gente chegou lá", relembrou Daniel Rocha. 

O diretor Adriano Portela contou um caso inusitado ocorrido durante a gravação no lugar. "Um ator nosso, o Marcio Fecher, teve uma preparação diferente. Quando a  gente viu, ele tava peladão lá, acho que com o 'capeta no couro'. A produtora chegou espantada eu disse: 'menina, isso é cinema nacional, deixa ele ali'", brincou.

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