Em cores vivas, Paulo Freire tem relançamento de clássicos

Repaginados, os clássicos 'À sombra desta mangueira' e 'Educação como prática da liberdade' chegam às livrarias no início de dezembro

por Waleska Andrade qua, 04/12/2019 - 12:38
Reprodução / Acervo Fundaj Em cores vivas, Paulo Freire tem relançamento de suas obras Reprodução / Acervo Fundaj

No momento em que grupos conservadores civis e políticos tentam difamar Paulo Freire e tirar dele o título de Patrono da Educação Brasileira, a Editora Paz & Terra dá continuidade ao projeto de relançar a obra do autor em novo projeto gráfico.

Os livros da vez são “À sombra dessa mangueira” e “Educação como prática da liberdade” que tratam da educação libertadora defendida pelo autor, capaz de despertar a consciência crítica e política de dos indivíduos. Freire, que figurou entre os mais vendidos do Grupo Editorial Record na Bienal do Rio em 2019, mostra-se cada vez mais atual.

Neste novo projeto gráfico, já foram lançados títulos como “Pedagogia da autonomia”, “Pedagogia do oprimido” e a coletânea inédita “Direitos humanos e educação libertadora”, que inaugurou a coleção.

O livro ‘Educação como prática da liberdade’ foi escrito em 1967, durante o exílio forçado de Paulo Freire no Chile. Tem como principal objetivo alcançar a educação que liberta seres humanos da condição de oprimido e os insere na sociedade como forças transformadoras, críticas, politizadas e responsáveis por todas as pessoas que a integram. Além de apresentação de Francisco C. Weffort e prefácio-poema de Thiago de Mello, esta edição reúne apêndice com exemplos de situações existenciais, que possibilitam no Método a apreensão do conceito de cultura. São acompanhadas de desenhos de Vicente de Abreu feitos a partir das pinturas originais de Francisco Brennand, destruídas pela ditadura militar brasileira.

‘À sombra desta mangueira é uma lúcida’ análise de Paulo Freire sobre o contexto concreto do mundo nos fins do século XX. É um libelo contra a malvadez do neoliberalismo contida no seu fatalismo que nega a humanização e libertação dos seres humanos proclamando a “morte da História”, da utopia, do sonho. Reúne 16 ensaios de Paulo Freire, prefácio de Ladislau Dowbor e apresentação e notas de Ana Maria Araújo Freire.

Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame.

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