Faustão diz que é 'hipocrisia' negar o racismo no Brasil

O apresentador abordou o assunto no programa de domingo (29)

por Waleska Andrade seg, 30/11/2020 - 09:22
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O apresentador Fausto Silva usou seu espaço, nesse domingo (29), para falar sobre o racismo no Brasil e demonstrou indignação sobre os casos que têm acontecido no país. 

"O negro ganha menos, ele tem menos oportunidade. E aí vem gente falar que não tem racismo no Brasil. É uma tremenda hipocrisia, não é?", indagou o apresentador para Jefferson Bilisco, que está substituindo o participante Marcos Lobo.

"Completamente. Falando de Brasil. E essa consciência que a gente tem. Primeiro, eu queria muito lhe agradecer pela oportunidade, Fausto. Aos meus amigos, o Marcos é um grande irmão que a gente tem aqui na casa. Muito obrigado pela representatividade para poder mostrar pra todo mundo que nós somos, sim, talentosos e nós trabalhamos", respondeu Jefferson.

Fausto abordou o tema com Bilisco, Ana Paula Santos e Igor Maximiliano. 

Com Ana Paula, ele chegou a perguntar: "A mulher negra sofre muito mais do que a mulher branca, nessa questão de racismo, preconceito e violência?" 

A dançarina logo respondeu afirmando que: "A mulher negra deve se manifestar de forma positiva e se posicionar. Não é fácil ser mulher e negra nos dias de hoje, principalmente no Brasil".

O apresentador também comentou sobre a perspectiva de quem está fora do país e o negacionismo dos brasileiros em afirmar a existência do problema.

"Só quem está fora do mundo é que não tem essa noção. Nos Estados Unidos, o negro reage. E aqui, a hora que o negro começar a reagir para valer, vocês vão ver o que é bom para tosse. Aqui é a pior situação porque o povo finge que não tem (racismo)", disse Fausto.

Ao professor de dança Igor Maximiliano, Faustão questionou: "Igor, quando você enfrenta qualquer tipo de racismo, esse problema que as pessoas tentam desmentir, mas que existe e está cada vez pior, o sorriso ajuda ou atrapalha?".

"Acho que o sorriso ajuda. A gente está numa fase de desconstrução porque cada vez mais que a gente puder sorrir e estender a mão para o próximo, especialmente para nós, negros, a gente vai sempre sorrir", respondeu o professor.

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