Dança pernambucana na pandemia vira tema de série

Projeto traz vídeos sobre o cenário da dança em tempos de coronavírus

seg, 26/04/2021 - 19:00
Maíra Passos Projeto do Na Ponta do PÉ produziu para o YouTube uma série de entrevistas Maíra Passos

Na Ponta do PÉ, projeto de conteúdo sobre a dança de Pernambuco, no ar desde 2012, produziu uma série de entrevistas para mostrar o cenário da Dança pernambucana na pandemia. Viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, através do Governo Federal, por intermédio da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco, o projeto traz nove vídeos, já disponíveis no canal do Youtube, além de nove reportagens especiais com conteúdo extra em texto, publicadas no site do projeto.

Contando com a participação de 11 artistas de dança, entre bailarinos, coreógrafos e professores de dança, a ideia é mostrar como esses profissionais vêm tentando driblar a pandemia para a dança continuar se movendo. Nos relatos, os primeiros impactos no mercado da dança quando se iniciou a quarentena mais rígida (março de 2020), a adaptação repentina do ensino do modelo físico para o online e as perdas que esses artistas sentiram com as restrições e falta de apresentações no palco presencial.

Apesar dos desafios, ao longo da série, Na Ponta do PÉ mostrou também como esses artistas de dança se reinventaram na crise, criando videodanças (a maioria, pela primeira vez), fazendo apresentações ao vivo, através de lives e videochamadas, e outras ações presenciais, seguindo os protocolos sanitários. "Ou seja, a ideia da série foi compartilhar ideias de alguns desses artistas de dança para inspirar outros profissionais da área e também mostrar para a plateia que há muita dança sendo exibida virtualmente", conta a jornalista e bailarina Maíra Passos, idealizadora do Na Ponta do PÉ.

Nos assuntos abordados nos episódios da série: conversas sobre como os passistas de frevo caíram no passo num ano histórico sem carnaval; sobrevivência do maracatu e outras danças populares na pandemia; como praticar dança de salão sem poder dançar juntos; produção de videodanças na pandemia; sem conexão com a dança na periferia, pela falta de acesso à internet; danças urbanas e cultura hip hop na pandemia; produção de espetáculos presenciais para exibições virtuais; e adaptação do ensino da dança com aulas online e presenciais, com restrições.

Todas as publicações feitas no site contam com tradução para Libras, através de avatar animado em 3D, através do botão da plataforma VLibras incorporada à página. Já nos vídeos publicações no canal do Youtube, há também legendas.

*Da assessoria

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