Autor paraense questiona violência policial e insegurança

Escritor e advogado, Walmir Brelaz publica primeiro romance baseado em experiências durante a carreira

qui, 16/09/2021 - 10:07
Quezia Dias/LeiaJáImagens Advogado e escritor Walmir Brelaz autografa seu primeiro romance, na Casa da Linguagem Quezia Dias/LeiaJáImagens

A Casa da Linguagem promoveu, na última quarta-feira (15), o lançamento do livro "Revivências", do advogado paraense Walmir Moura Brelaz. A obra retrata, em formato de romance, histórias reais de insegurança pública, dando abertura para questionamentos sobre a violência que assola a sociedade brasileira.

O livro aborda situações de violação de direitos, exploração e processos judiciais enfrentados pelo próprio autor ao longo da carreira de advogado. O objetivo é tornar de conhecimento público as questões com que o sistema de segurança lida, ou não lida, na condição de agente do poder público.

“Eu quis retratar o lado com que eu convivi. Não quer dizer que o mundo é só violência e só tristeza. Mas nesse caso eu trouxe muito essa questão”, afirmou Brelaz. O escritor espera que os leitores se envolvam e reflitam sobre a história de cada personagem.

Entre os temas abordados, Brelaz contextualiza a exploração presente na Amazônia, a violência agrária, mantida em busca de minério e terras férteis, o valor da vida humana, o amor de uma mãe cujo filho foi violentado, as lutas de um padre que dedicou a vida a combate contra injustiças e um advogado militante que questiona a estrutura natural do mundo em que vive.

A publicação de "Revivências" ocorreu em abril deste ano, pela editora Paka-Tatu, mas pela restrição social em decorrência da covid-19 o lançamento não foi realizado. Os interessados no livro podem adquirir o exemplar pelo site da editora.

"Revivências" é o primeiro romance de Walmir Brelaz, mas o autor conta com mais três obras publicadas: “Os Sobreviventes do Massacre de Eldorado do Carajás”, “O flanelinha: sinal vermelho para Jhonny Yguison” e “Comentário sobre o PCCR dos profissionais do magistério do Estado do Pará”.

Por Quezia Dias.

 

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