Especial Eleições

O candidato à Prefeitura do Recife, lançado pelo governador Eduardo Campos, Geraldo Julio será testado nas urnas pela primeira vez em outubro. Com o nome incluído na disputa eleitoral dias antes do prazo final para os partidos registrarem seus candidatos e coligações, Geraldo aparece pela primeira vez na pesquisa “os sentimentos do eleitor recifense”.

Figurando na terceira colocação do quesito espontâneo com 5,1% das intenções de voto, bem como no cenário estimulado (6,8%), o novato nas urnas pode ser considerado um nome em ascensão. A resposta está no próprio levantamento, pois quando o recifense é instado a responder qual o grau de conhecimento em relação aos candidatos, Geraldo é mencionado por apenas 4% dos entrevistados afirmam o conhecer muito, 11% dizem que o conhecem pouco. Já o percentual de pessoas que assinalaram já terem ouvido falar no socialista é 43%. No entanto, 33% dos entrevistados disseram nunca ter ouvido falar no candidato.

Pouco conhecido pelo eleitorado da cidade, Geraldo pode ter o número de intenções de voto ampliado nas próximas rodadas da pesquisa, já que o guia eleitoral ainda não foi para o ar e a campanha de rua foi iniciada há apenas uma semana.

De acordo com o cientista político, Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o candidato socialista tem grandes chances de crescer, no entanto, terá alguns desafios pela frente. O primeiro será conquistar os eleitores indecisos, o segundo é extrair votos dos seus principais rivais, o petista Humberto Costa e o democrata Mendonça Filho, que estão na primeira e segunda colocação, respectivamente, nos cenários estimulado e espontâneo.

“O candidato Geraldo Julio terá que superar uma polarização (das candidaturas de Mendonça e Humberto). Para tanto, ele terá que contar com o apoio do governador Eduardo Campos para se tornar conhecido. Entretanto, ele precisa superar um candidato dificílimo, o PT. Ele tem capacidade para tal, sim, mas ele precisa ter estratégias sábias para retirar votos de Mendonça, Humberto e conquistar os eleitores indecisos”, avaliou o cientista político.