Rival do Brasil em amistoso não vence há quase um ano
Seleção do Panamá foi lanterna na Copa do Mundo de 2018
Lanterna da última Copa do Mundo, há quase um ano sem vencer, com treinador recém-contratado e com elenco reduzido e inexperiente. O Panamá que vai enfrentar a seleção brasileira, neste sábado, em amistoso em Portugal, está longe de ser um teste à altura das dificuldades a serem enfrentadas pela equipe de Tite na Copa América.
A equipe do país da América Central ocupa a 76.ª posição no ranking da Fifa, colocação pior do que a de todas as seleções que estarão na disputa da Copa América. O Panamá fechou o Mundial da Rússia com a maior goleada sofrida na competição (6 a 1 diante da Inglaterra) e com a pior campanha entre os 32 participantes.
A última vitória panamenha foi em abril do ano passado, em amistoso contra Trinidad e Tobago. Desde então a equipe acumula 11 partidas sem vencer e levou a federação a mudar de planos há cerca de um mês. A decisão foi trocar o comando e escolher o interino Julio Dely Valdés, ex-atacante, ídolo do futebol local e que assume o posto pela terceira vez.
"Sabemos da dificuldade que é jogar contra o Brasil. Além do resultado, devemos nos sentir bem. Vamos jogar com respeito, mas sem medo. Vamos buscar mostrar nosso potencial", disse o técnico, conhecido no país pelo apelido de Panagol.
O treinador chamou para o amistoso contra o Brasil uma lista reduzida de jogadores. Em vez de 23 nomes, como fez Tite, o panamenho vai contar apenas com 18 atletas. Dez deles estiveram na Copa da Rússia e nenhum atua em grandes ligas. O único que joga em um país renomado, a Espanha, defende um clube da quarta divisão.
A comissão técnica também é pequena e tem apenas 14 profissionais - a seleção brasileira conta com mais de 20 membros. O treinador tem como assistente técnico o seu irmão gêmeo, Jorge Dely Valdéz, também ex-jogador.
O contrato do novo técnico vai apenas até a realização dos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru, em julho e agosto. Em junho, o Panamá vai disputar a principal competição do ano, a Copa Ouro, e até lá quer se preparar em amistosos contra rivais mais fortes do que os adversários diretos das Américas Central e do Norte e do Caribe.
Enquanto o Brasil terá outro compromisso, na terça-feira contra a República Checa, os panamenhos se reuniram apenas para o amistoso deste sábado. "Vamos competir em busca de fazer o nosso jogo. Sabemos do potencial do Brasil", disse o goleiro Luis Mejía, que joga no Nacional, do Uruguai.
Os panamenhos estão hospedados no Porto em um hotel distante do centro. A equipe realizou os treinos em estádios de times amadores e na sede do time B do Porto. "Nós temos evoluído. Temos que seguir acreditando nos jogadores panamenhos e por isso estamos aqui. É questão de lapidar os jogadores. Eles têm cada vez mais talento", comentou o técnico.
Brasil e Panamá têm em comum um algoz. A Bélgica derrotou ambos na Copa do Mundo. Antes de eliminar a seleção de Tite, nas quartas de final, a equipe belga estreou na Rússia com uma vitória por 3 a 0 sobre os panamenhos.