Pernambucano representa o Brasil no Mundial de Kickboxing

Felipe Veras, n° 1 no ranking nacional, se prepara para o torneio que acontece na Turquia

por Luan Amaral ter, 09/07/2019 - 15:18
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Felipe se prepara para representar o Brasil no mundial da Turquia em novembro Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Felipe Veras de Paiva Fonseca, 29 anos, é, hoje, um dos grandes nomes das artes marciais de Pernambuco. O atleta de Kickboxing ganhou destaque nos últimos dois anos com conquistas internacionais e atualmente é líder do ranking brasileiro, se preparando para o Campeonato Mundial da categoria, que acontece na Turquia, a partir do dia 23 de novembro.

Felipe é o único brasileiro a figurar entre os 20 primeiros no ranking mundial, deixando de lado o papel de coadjuvante e se tornando a principal representação do Brasil internacionalmente na modalidade. Com exclusividade ao LeiaJá, ele abriu as portas da sua carreira falou do seu início na modalidade.

"Sempre assisti filme de Van Damme e achei muito legal o jeito da luta. Comecei com um amigo meu no bairro de Setúbal. Lutei uma Copa Recife no colégio Elo e graças a Deus fui campeão lá e aí tomei gosto por competição”, conta.

A luta começou muito cedo na vida de Felipe, mas, como ele mesmo relata, a inexperiência fez com que ele competisse por organizações pequenas que o impediram de dar um salto maior na carreira.

"Antes eu seguia a federação que era filiada e eles não tinham sistemas de ranqueamentos, não entrava em competições de grande porte. Hoje eu sou da CBKB (Confederação Brasileira de KickBoxing), ela é a única federação do Brasil reconhecida pela Wako (Associação Mundial de Organizações de Kickboxing) que organiza eventos mundiais e é reconhecida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), ela já foi homologada como esporte olímpico. Para o mundial tudo é baseado no ranqueamento, você só luta o mundial se for primeiro no ranking nacional”, explica.

Felipe carrega com alegria as medalhas das suas conquistas internacionais em 2018 e 2019.         Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

A entrada na CBKB trouxe um novo rumo para carreira de Felipe: "Foi um divisor de águas. Você treina com mais ênfase, consegue estimular seus alunos porque você não está lutando qualquer evento. Lutei o Pan-Americano, não estava simplesmente o melhor do Brasil, estava o melhor do Canadá, melhor da Argentina, pegaram o melhor de cada país. Agora vou lutar o mundial representando o Brasil. Você se sente abraçado, não fica solto", afirma.

A preparação tem sido intensa. Mas antes da conquista da vaga, Felipe precisou pontuar bem nas competições internacionais para angariar a melhor pontuação possível que hoje o coloca como líder do ranking nacional.  

“Ano passado fui campeão brasileiro em São Paulo e campeão Pan-Americano em Cancun. O da Copa América foi um dos mais importantes da minha vida porque viajou quatro atletas aqui do Brasil e estava sem a nossa delegação. Foi um ajudando o outro do jeito que podia com aquela pressão de saber que você não está com a delegação. É você e você”, revela.

"A final pegaram um cara mais pesado que eu. Foi uma pressão grande. Mas fui fazer o meu melhor. Quando você entra no seu ambiente lá no ringue você e o cara você pensa ‘aí é comigo’, o antes da luta que é chato”, completa.

Felipe Veras com a medalha de Campeão da Copa América na Argentina em maio deste ano          Foto: Arquivo Pessoal

Perguntado como é representar Pernambuco na seleção brasileira e no mundial, Felipe não pensa duas vezes e afirma: “não tem sensação melhor. Principalmente por não vê muitos atletas de Pernambuco. Você tá no meio de atletas de todo Brasil, todo mundo se apoiando é uma coisa indescritível”, disse.

O lutador ainda confessou qual é seu grande desejo: “Hoje em dia, minha vontade é ver outras pessoas junto comigo. O que eu almejo mesmo é ser uma inspiração para essa galera chegar lá para Pernambuco crescer de modo geral”, ressalta.

 O Mundial vai do dia 23 de novembro a 1 de dezembro na Turquia e os treinos têm ganhado em intensidade, “Eu tenho apoio da academia Awaken onde faço minha preparação física. A Casa do Pará consegue ajudar na alimentação, assim como o complexo Paleo. Eu tenho apoio que me faça ser um bom atleta”.

Mas não é o suficiente. “Eu preciso de um apoio maior que me faça competir. Eu só tenho o direito de lutar o mundial. Não tenho passagem não tenho hospedagem, mas estou correndo atrás. Estou doido que chegue o dia me sentindo na melhor forma possível”, finaliza.

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