Depois de quatro meses suspenso, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, o Campeonato Paraense de Futebol 2020, o Parazão, retornou no dia 1º de agosto. A decisão foi tomada em reunião realizada no dia 2 de julho, com dirigentes da Federação Paraense de Futebol (FPF) e os representantes dos dez clubes participantes.

Na rodada do último fim de semana, os resultados foram: Paysandu 4 a 0 Paragominas, Remo 4 a 2 Águia, Castanhal 2 a 1 Tapajós, Bragantino 2 a 0 Independente, Itupiranga 3 x 2 Carajás.

Os jogos estão sendo realizados sem a presença de público. Entre as medidas foi determinado que nenhum clube será rebaixado. Os times também podem inscrever mais 15 atletas. É obrigatório seguir todos os protocolos de segurança definidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O clube que não cumprir as normas perderá três pontos. Caso seja reincidente, será eliminado da competição.

O goleiro do Papão, Diego Leite, está feliz por voltar às atividades, porém destaca que é necessário responsabilidade nesse período de pandemia. “É importante que a gente esteja seguro e que a gente se sinta seguro. Se for pensar na nossa saúde mental, está sendo extraordinário para nós voltar a fazer o que gostamos, voltar a trabalhar, e o mais importante é fazer tudo isso com segurança, com o clube dando as melhores condições possíveis para o retorno”, disse.

O lateral direito Everton Silva, novo contratado do Remo, disse que o apoio da torcida azulina é fundamental, mesmo com os jogos sendo de portões fechados. “Claro que nos primeiros jogos vai ser um pouco diferente, mas eu sei que a nação azulina vai estar presente assistindo e mandando várias positividades para conseguirmos a classificação e em consequência subirmos para a série B”, alega. 

A competição retornou no último sábado. O Paysandu, já classificado para a semifinal, assumiu a liderança isolada com 22 pontos, depois da vitória de 4 a 0 contra o Paragominas, no Mangueirão. O Leão jogou no domingo e também já está classificado depois de vencer o Águia de Marabá de 4 a 2, no Baenão.

Luiza e Luiz Silva: rivalidade com muito amor (Crédito: Rebeca Costa)

“Explode coração”

Pai e filha, Luiz e Luiza Silva dividem o amor pelo futebol, mas na torcida são rivais. Luiza é remista e Luiz é bicolor. Torcedores de carteirinha, os dois sentem falta de prestigiar o seu time de coração na arquibancada. “Ali eu estava para torcer, independente do que ia acontecer, eu ia para tudo o que é canto assistir. Para mim, o Paysandu é uma segunda família”, conta Luiz.

Mesmo temporariamente não podendo frequentar os estádios, os dois estavam ansiosos para o retorno do campeonato. Eles continuam acompanhando o clube e mandando energias positivas para os jogadores, o que também vai continuar é a boa e velha “zoação” entre pai e filha. “É estanho ver pela televisão, querer estar lá e não poder, mas a causa é maior, é pelo bem de todos e pela saúde de todos. Então, temos que preservar o que mais importa para nós que é a saúde”, relata Luiza.

Por Rebeca Costa