Ventos sopram para Armando

Magno Martins, | seg, 23/09/2013 - 15:37
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A pesquisa para governador do Instituto Opinião, postada hoje no meu blog, faltando praticamente um ano para as eleições, aponta a consolidação de uma candidatura: a do senador Armando Monteiro Neto (PTB).

Em qualquer dos cenários testados com os pré-candidatos mais competitivos, o trabalhista sai na frente com uma média de 30%. Com exceção do Grande Recife, Armando bate seus adversários em todas as regiões do Estado.

E na Região Metropolitana só fica atrás por um detalhe: João Paulo (PT) e Daniel Coelho (PSDB), que aparecem melhor situados, são beneficiados pelo recall, a lembrança do nome na mente do eleitor.

O primeiro, por ter governado a cidade; o segundo em razão da boa votação na disputa pela Prefeitura nas eleições passadas. À medida que a pesquisa avança pelo Interior, estes caem e Armando cresce muito.

O cenário que se apresenta para 2014 ainda é uma tremenda incógnita, porque o governador Eduardo Campos (PSB) não sinalizou para nenhum dos nomes postos e que estão hoje todos abrigados em sua aliança.

Mas em relação aos que se apresentam teoricamente como adversários, o senador trabalhista leva uma aparente vantagem: se não emplacar o apoio de Eduardo tem chances de selar uma aliança com o PT em outra ponta, o que o deixaria igualmente competitivo.

Coligar-se com a legenda petista representa na prática contar em seu palanque com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Este cenário se configuraria se o PT não lançasse mão de uma candidatura própria, no caso a do ex-prefeito João Paulo.

Sem a mão aliada de Eduardo, Armando deve trabalhar fortemente para atrair o PT, oferecendo ao partido a vaga de vice na sua chapa ou a vaga de senador. Neste caso, o nome que reforçaria substancialmente a sua candidatura seria o de João Paulo.

Seja na vice ou na disputa para o Senado, porque neste caso o pré-candidato trabalhista preencheria a lacuna da aparente fragilidade na Região Metropolitana. João Paulo, portanto, era a mão na luva para Armando.

A ILHA SÃO FRANCISCO– Embora tenha tido nos últimos anos uma vitrine – o Ministério da Integração – Fernando Bezerra Coelho (PSB) só aparece com percentuais significativos na pesquisa do Instituto Opinião na região do São Francisco. FBC é de Petrolina e governou o município por três vezes. Se o seu nome vier a ser escolhido pelo governador, não poderá abrir mão de um vice com perfil metropolitano.

Larga ou não o osso?– O PT decide, hoje, se entrega os cargos que ocupa na gestão de Eduardo. O partido ainda está dividido, até porque de Brasília saiu uma ordem muito estranha: a do presidente Rui Falcão, para não largar o osso.

Campina no poder – Se o senador Vital do Rego (PMDB-PB) vier de fato a substituir Fernando Bezerra Coelho na pasta da Integração, a formosa Campina Grande, segunda maior cidade paraibana, passará a contar com dois ministérios, pois Aguinaldo Ribeiro (Cidades) é também campinense. Rego tem um padrinho forte: o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Sai Rufino– Se Isaltino jogar a toalha, entregando o cargo de secretário de Transportes, quem perde o mandato de deputado estadual é o suplente Sebastião Rufino (PSB) e não Isabel Cristina (PT). O critério da suplência imediata, neste caso, não é partidário, mas da coligação que dá sustentação ao Governo Eduardo na Assembleia.

O adeus de Inocêncio – As tropas republicanas de Pernambuco se reúnem, hoje, na sede do PR, na Rua Salvador, 67, no bairro do Espinheiro, a partir das 10 horas, para acompanhar o comunicado oficial do deputado Inocêncio Oliveira de que não disputará mais a reeleição. Na oportunidade, o líder apresentará o deputado estadual Sebastião Oliveira como seu sucessor para Câmara Federal.

CURTAS

ENTRA O IRMÃO– O deputado Maviael Cavalcanti (DEM) deve seguir o exemplo de Inocêncio Oliveira (PR) e anunciar que não disputará mais um novo mandato para Assembleia Legislativa. Mas o seu candidato não será Joaquim Francisco, como noticiamos. O mais cotado é o empresário José Francisco Cavalcanti, irmão de Joaquim.

O SERTANEJO MINEIRO– Zeca Cavalcanti (PTB), ex-prefeito de Arcoverde, trabalha em silêncio feito mineiro, mas já consolidou sua eleição para deputado federal. Da sua terra natal deve sair com uma votação superior a 35 mil votos. O complemento virá de parcerias que tem fechado com prefeitos no Sertão.

Perguntar não ofende: Quem Dilma vai escolher para a Chesf?

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