Casos de tuberculose aumentam em Pernambuco
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), só no ano passado 5.026 mil casos da doença foram confirmados
Os casos de tuberculose em Pernambuco no ano de 2018 tiveram alta. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), só no ano passado, 5.026 mil casos da doença foram confirmados - um aumento de 9% quando comparado com os dados de 2015 (4.599 mil). Juntamente com o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, celebrado no próximo domingo (24), a SES tenta reforçar a importância de prevenção e detecção da doença.
“Com o diagnóstico precoce, pode ser diminuído o tempo que o paciente continua transmitindo a doença, quebrando a cadeia de transmissão”, afirma a coordenadora do Programa, Cândida Ribeiro. Para este ano de 2019, o Governo do Estado afirma que pretende intensificar o assessoramento técnico para cinco municípios prioritários: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Abreu e Lima.
Além do monitoramento constante das ocorrências e capacitações em unidades de saúde, o Programa Estadual irá auxiliar, quando necessário, na busca ativa de casos (sintomáticos respiratórios) e de pacientes que possam ter abandonado o tratamento; no acompanhamento de pacientes com coinfecção tuberculose/HIV ou casos especiais, como os com intolerância medicamentosa; na realização de mobilização social e de atividades educativas com populações susceptíveis.
A Secretaria Estadual de Saúde explica que a tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela afeta, principalmente, os pulmões e é transmitida por vias aéreas, pela fala, tosse ou espirro da pessoa com a doença ativa no organismo.
Tosse por mais de três semanas, que pode ser acompanhada por febre vespertina, sudorese noturna (produção excessiva de suor durante a noite), emagrecimento e cansaço/fadiga, pode ser um indicativo da enfermidade. O diagnóstico é feito nos postos de saúde por meio de exames bacteriológicos, principalmente a baciloscopia, conhecida como exame do escarro.
Diagnóstico concluído, o próprio posto de saúde passa a disponibilizar, gratuitamente, as medicações que formam o esquema básico, formado por quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Esse tratamento dura seis meses. “Seguindo corretamente as orientações da equipe de saúde, o paciente pode deixar de transmitir a doença com 15 dias”, reforça Cândida Ribeiro.
Prevenção
A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no SUS (nas unidades básicas de saúde e maternidades). Essa vacina protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea, e deve ser dada ao nascer, ou, no máximo, antes de completarem 5 anos de idade (até 04 anos, 11 meses e 29 dias).
Outra maneira de prevenir a doença é a avaliação de contatos de pessoas com tuberculose, que permite identificar a infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis. Isso possibilita prevenir o desenvolvimento de tuberculose ativa. Em outras situações específicas, pessoas que são diagnosticadas com a infecção latente da tuberculose também têm indicação de receber tratamento para prevenir o adoecimento. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde para avaliação.
Casos de tuberculose em Pernambuco
2015 – 4.599
2016 – 4.577
2017 - 4.985
2018 - 5.026
Mortes causadas pela doença
2015 - 423
2016 - 398
2017 - 435
*Com informações da assessoria