Estudante era mantida em cárcere privado na Bahia

Crime aconteceu na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador

qui, 21/03/2019 - 14:16
Victor Silveira/TV Bahia Vitima mostra algumas marcas das agressões que sofreu Victor Silveira/TV Bahia

Uma estudante de 18 anos era mantida em cárcere privado durante seis meses na casa onde morava com o namorado, na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, Bahia. A jovem sofria constantes agressões e foi resgatada pelo próprio pai. O caso foi registrado nessa quarta (20) na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).

A vítima era mantida com os pés e as mãos amarrados e era agredida constantemente. A moça contou para familiares que era agredida com pedaços de madeira e era queimada por um garfo. A jovem não quis ser identificada e aponta o namorado de 25 anos como responsável pela brutal violência.

Segundo o portal G1 Bahia, o pai da vítima relatou que desconfiou que alguma coisa errada estava acontecendo com a jovem, após tentar falar com a filha algumas vezes e não conseguir. O namorado da garota sempre atendia o celular e inventava desculpas para ele não falar com a jovem.

“Sempre que eu falava que vinha aqui na casa, para ver ela, ele dizia que estava de saída ou as vezes dizia que não estava aqui, estava em Salvador. Cuidando de uma suposta avó, que ele inventou que tinha uma avó doente, e que ela estaria lá cuidando dessa avó”, falou o pai da jovem.

O casal estava junto há oito meses e morava em uma casa que pertence ao pai da vítima, no bairro Phoc II. Os avós da jovem moram em uma residência em cima do imóvel, mas não desconfiaram da situação. O caso só foi descoberto depois que o pai da menina resolveu ir ao local.

O homem conta que, ao chegar no imóvel, começou a chamar pela filha, que pediu socorro. O suspeito não estava na casa no momento do resgate. O homem entrou na residência e achou a filha amarrada, no quarto, com marcas de agressões no corpo.

Assim que meu pai me resgatou, que meu pai arrombou a porta de casa e me achou lá amarrada, toda ferida, eu peguei e falei: 'Eu vou esquecer disso. E eu realmente esqueci e eu não consigo nem lembrar muito como é o rosto dele'", relata a jovem emocionada.

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