Saiba o procedimento correto para o uso do botijão de gás

Para evitar risco de acidentes, é importante ficar atento às medidas de seguranças. Acompanhe a matéria do LeiaJá e o veja os procedimentos necessários durante a troca

por Victor Gouveia qua, 24/04/2019 - 15:07

Após a explosão do botijão de gás que deixou duas pessoas mortas e três feridas na última sexta-feira (19), em Camaragibe, Grande Recife. É importante ficar atento aos sinais de vazamento e aos procedimentos para a troca do produto. Em entrevista ao LeiaJá, o major Barros do Corpo de Bombeiros pontuou alguns métodos necessários para evitar acidentes.

A precaução começa pela análise do certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o prazo de validade, tanto da mangueira quanto do registro, popularmente chamado de relógio. Ambos são válidos até cinco anos, mas é interessante que a troca seja feita antes do prazo expirar. Outro ponto a ser notado é o estado de conservação do botijão, como a presença de danos e avarias. "Também é importante ler as orientações de instalação que vêm no cilindro, para que a pessoa não tenha problemas no armazenamento e na instalação", continuou o major.

O ideal é que o botijão fique fora da cozinha e que a mangueira não passe atrás do fogão, para evitar aquecimento. Sobre a mangueira, também é necessário ficar atento ao ressecamento e entupimento por concentração de gordura. 

No momento da troca, o Major esclareceu que a 'borboleta' do registro não deve ser manuseada com força excessiva. Enquanto a mangueira deve ter presilhas bem conectadas ao relógio e ao fogão. Outra questão levantada foram as condições do próprio fogão, pois, "não adianta estar com tudo bem instalado, se o fogão tem algum defeito ou vazamento. Toda estrutura tem que estar em boas condições para não ser surpreendido com um acidente", pontuou o oficial. Acompanhe o vídeo ao fim da matéria.

Como identifico um vazamento?

Muitos não sabem, mas o odor forte do GLP (gás liquefeito de petróleo), que usamos na cozinha, é produzido artificialmente pelo fabricante para ajudar a identificar vazamentos- o cheiro é o principal indicativo. Percebido o odor, deve-se fechar o registro; abrir as janelas e as portas para dissipar o gás através da ventilação natural; pegar o botijão e colocar fora da residência, em um local arejado e longe de outras pessoas; e caso percebido que o problema é com a estrutura do botijão, chamar a empresa responsável para realizar a troca do equipamento.  Em casos de maior gravidade, a orientação é ligar para o Corpo de Bombeiros através do 193.

Gás encanado

Diferente do GLP, que é mais denso e inflamável, geralmente é utilizado gás natural nos sistemas encanados. Ele é mais seguro e tem menor condição explosiva, por isso, é mais ‘tranquilo’ para evitar e controlar um vazamento de gás em uma central. Lembrando que a instalação deve ser feita por um técnico.

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