São Paulo confirma caso de sarampo contraído na capital

Embora no Brasil a doença não seja tão comum, há países onde ocorrem muitos casos, como Venezuela e Israel

por Daiane Crema sex, 17/05/2019 - 16:18
Marcelo Camargo / Agência Brasil Oito casos de sarampo já foram confirmados em São Paulo este ano Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou está semana um caso de sarampo contraído na capital paulista. Mais sete casos foram confirmados, sendo um importado da Noruega, cinco de Israel e um relacionado ao surto do navio MSC (Malta). Desde 2015 não havia registro da doença.

O sarampo é uma doença viral aguda, infectocontagiosa, altamente transmissível. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico. A pessoa contaminada apresenta febre, vermelhidão no corpo, coriza e tosse. É bastante comum também na fase inicial aparecerem manchas esbranquiçadas nas bochechas.

Embora no Brasil a doença não seja tão comum, há países onde ocorrem muitos casos, como Venezuela e Israel, entre outros. "É fundamental que se faça a vacinação contra sarampo. Conforme consta no calendário oficial de vacinação, as crianças devem ser imunizadas aos 12 meses de idade com a vacina tríplice viral [sarampo, rubéola e caxumba], com reforço aos 18 meses e novamente próximo dos 5 anos",  orienta Celso Granato, patologista clínico e infectologista membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.

Pessoas que não tomam a vacina para evitar a doença, podem se contaminar caso tenham contato com secreções dos olhos, nariz ou boca de um doente. A pessoa pode ficar debilitada entre sete e dez dias. "Uma pequena parte das pessoas pode evoluir com pneumonia, otite, sinusite ou mesmo encefalite, assim como outras complicações. Mas essas evoluções são incomuns", explica Granato.

Não existe um tratamento específico da doença. Em alguns casos são prescritos antitérmicos para abaixar a temperatura, ingestão líquido para evitar a desidratação e ficar atento às evoluções incomuns. "Podem ocorrer necessidades do uso de antibióticos, porém isso pode variar", conclui o patologista clínico.

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