Mulher é presa criando cães em gaiolas e gatos amarrados

Os animais foram encontrados em um quadro clínico de caquexia por inanição, ou seja, tão magros que não desenvolveram os músculos

qua, 22/05/2019 - 16:16
Polícia Civil do RS Polícia Civil do RS

A Polícia Civil deflagrou nessa última terça-feira (21) a Operação Arca no combate a crimes contra animais, em Canoas (RS). Na ação, realizada pela 4ª Delegacia de Polícia de Canoas com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente do Município, uma mulher foi autuada em flagrante pelo crime de maus tratos a animais. Onze cães e nove gatos, que estavam em situação de perigo, foram apreendidos.

Segundo o delegado Thiago Lacerda, após denúncias trazidas sobre maus tratos de animais, policiais civis diligenciaram até uma residência no bairro Mathias Velho, em Canoas. No local foram encontrados 19 animais em situação de perigo. Uma médica veterinária, da Secretaria do Meio Ambiente, que acompanhou a diligência, verificou que todos os animais necessitavam de acompanhamento médico veterinário e alimentação adequada.

“Os cães e gatos estavam concentrados nos fundos da residência, sendo que todos ou estavam em pequenas gaiolas, ou estavam amarrados por cordas de pano, curtas o suficiente para que estes vivessem sobre as fezes. Os cães eram mantidos em gaiolas destinadas a passarinhos, sem um mínimo de mobilidade e os gatos estavam todos amarrados pelo pescoço”, relatou Lacerda. A médica veterinária do Centro de Bem Estar Animal de Canoas explicou que os animais foram encontrados em um quadro clínico de caquexia por inanição, ou seja, tão magros que não desenvolveram os músculos.

O delegado ainda frisou que alguns dos animais possivelmente são de raça, tal como Pinscher, Labrador e Siameses. “O valor que esses animais são comercializados não condizem com a situação econômica dos proprietários, crescendo a suspeita sobre a sua aquisição e venda de origem ilegal”, disse Lacerda.

Todos os animais foram recolhidos ao Centro de Bem Estar Animal da Prefeitura Municipal de Canoas. “Além do acompanhamento clínico, serão todos vacinados, medicados, castrados e, após os trâmites administrativos, estarão à disposição para adoção da comunidade”, disse o delegado.

Da polícia civil do RS

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