Pais relatam desafios e prazeres na convivência com filhos

No dia em que se comemora a paternidade, o músico Thiago Albuquerque e o segurança Renato Campos falam de suas experiências e responsabilidades

por Rosiane Rodrigues sex, 09/08/2019 - 17:11

O Dia dos Pais é aguardado com ansiedade por quem pensa em homenagear seus "heróis". A expectativa é ainda maior para os próprios pais, que recebem mimos e carinhos em dobro, nesse dia.

Ser pai é ter a responsabilidade de transferir aprendizado e sabedoria para os filhos. Disso o compositor paraense Thiago Albuquerque, integrante da banda Ultranova, entende muito bem.

O cantor, pai dois meninos Benjamin, de um de 1 ano, e Gabriel, de 20 dias, explica que ser pai é se conhecer como ser humano para dar o melhor na criação dos filhos. "É se sentir inseguro de falar ou demonstrar algo que machuque ou que transmita maus valores para o ser que agora você mais ama. Ser pai é invejar a mãe. Pois sabemos, e percebemos isso no momento do nascimento, que a pessoa em quem ele mais confia e ama é sua mãe. É inevitável. Com o tempo achamos essa relação divina. Essa ligação entre mães e filhos é algo que nós, pais, temos que acompanhar e aprender como lição diária", disse.

Thiago afirma que todo pai, de certa forma, volta a ser criança, ao acompanhar, ensinar e aprender junto com o filho. "Ver a borboleta pousar em uma folha, um gato no telhado, a lua entre as nuvens, o voo dos urubus, passear na praça, dar comida aos peixes, provar algo pela primeira vez, rir de coisas que só criança entende o porquê de ser engraçado. Estou ansioso para chegar o momento em que vou ensinar meu filho a jogar videogame e futebol", detalhou.

Para o músico, ser pai é ser tolerante e aceitar as diferenças que existem entre pais e filhos. "Ser pai é beijar o filho todos os dias sem esperar que ele o beije de volta. É abraçá-lo sem esperar que ele corresponda. É fazer carinho, colocar pra dormir, dar banho e trocar fralda. É ficar triste quando seu filho ficar doente, ficando mofino junto com ele. Ser pai é espantar a tristeza com uma única lembrança do sorriso de seu filho", concluiu.

Renato Campos, 50 anos, assumiu a criação de sua filha Isabelle tendo que conciliar o trabalho como agente de segurança com as responsabilidades de ser pai. “Ser pai, para mim, foi um momento inesquecível em minha vida. Estive presente no crescimento e no desenvolvimento de minha filha, isso é uma experiência indescritível que muda a pessoa para uma versão melhor de si mesmo”, disse.

Renato relata que ser pai solteiro o tornou uma pessoa mais atenciosa para com a sua filha. “Ser pai solteiro foi uma experiência. Com todas as dificuldades que enfrentei junto a minha filha, percebi que sua personalidade e caráter se formavam de acordo com o meu, isso faz a gente repensar e se atentar mais a alguns detalhes. Para mim é uma experiência gratificante poder educar e fazer dela uma criança feliz”, contou.

Com a colaboração de Bruna Braz.

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