Motorista de aplicativo também foi preso em flagrante Divulgação/Polícia Federal

Um estudante de biomedicina da Paraíba e um motorista de aplicativo foram presos em flagrante no Grande Recife por transportar 200 garrafas de clorofórmio, solvente de comercialização controlada utilizado na preparação de drogas. A prisão realizada no dia 11 deste mês só foi divulgada nesta quinta-feira (17) porque a Polícia Federal (PF) buscava identificar o receptador dos produtos.

As prisões ocorreram em frente a uma transportada na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes. A abordagem se deu após uma empresa de medicamentos denunciar que uma transportadora havia lhe comunicado a chegada de encomenda de produtos químicos, porém a empresa não os havia adquirido.

Ao chegar ao local, a PF parou dois veículos com três pessoas que já se preparavam para sair. O estudante de biomedicina Reny Allison Emiliano dos Santos, de 27 anos, apresentou uma falsa documentação de liberação dos produtos. Ele vestia um jaleco branco com o nome da empresa que havia sido vítima do crime.

O terceiro suspeito era um taxista de 58 anos, natural de Alagoa Grande-PB. Ele alegou que foi contratado por R$ 350 para dirigir até o Recife e pegar uma encomenda. O taxista foi liberado por não ter sido comprovada sua participação no esquema.

Reny confirmou saber que estava transportando ilegalmente um produto controlado em troca de um celular novo. O outro autuado, Luis Henrique de França Marques, 30 anos, é motorista de aplicativo e disse ter recebido uma proposta para coletar um material da transportadora por R$ 100. Havia um jaleco no carro do motorista que ele afirmou ter sido deixado por um passageiro, mas não soube explicar por que era da mesma empresa que acionou a PF.

O motorista e o estudante foram autuados em flagrante por tráfico de drogas. Eles seguiram para a audiência de custódia e tiveram as prisões preventivas confirmadas. A identificação do receptador está em fase avançada.

O clorofórmio costuma ser utilizado na droga conhecida como loló ou lança-perfume. O material também pode ser usado no refino de cocaína.