Ataque extremista deixa quase 40 mortos em Burkina Faso

Desde 2015, cerca de 800 pessoas morreram em ataques extremistas em Burkina Faso, um país na fronteira com Mali e Níger

qua, 29/01/2020 - 08:46
MICHELE CATTANI Patrulha de soldados burquineses na província de Soum (Burkina Faso), em 14 de novembro de 2019 MICHELE CATTANI

O ataque jihadista do sábado em Silgadji, um povoado do norte de Burkina Faso onde homem foram separados das mulheres e executados, deixou pelo menos 39 mortos - anunciou o governo em um comunicado.

"As operações de rastreamento na zona das Forças de Defesa e de Segurança (FDS) permitiram determinar a morte de 39 dos nossos concidadão neste ataque covarde e bárbaro", indicou o ministro de Comunicação e porta-voz do governo, Remis Fulgance Dandjinou, em um comunicado. No domingo, os habitantes de Silgadji que fugiam do massacre chegaram a Bourzanga (norte).

"Segundo os habitantes [de Silgadji], os terroristas cercaram a população no mercado popular e os separaram em dois grupos. Os homens foram executados e ordenaram as mulheres que deixassem o povoado", disse um morador de Bourzanga por telefone à AFP.

Desde 2015, cerca de 800 pessoas morreram em ataques extremistas em Burkina Faso, um país na fronteira com Mali e Níger.

Segundo a ONU, os ataques jihadistas em Mali, no Níger e em Burkina Faso deixaram 4.000 mortos em 2019 e provocaram uma crise humanitária sem precedentes. Entre deslocados e refugiados, são cerca de 600 mil pessoas fugindo da violência.

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