Consórcio ilegal é investigado por prometer cirurgias

Sem autorização, o grupo focava em mulheres com sonho de realizar procedimentos estéticos

por Victor Gouveia qua, 12/02/2020 - 08:55





A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana do Recife (RMR) para investigar um sistema clandestino de consórcio que prometia facilitar a realização de cirurgias plásticas. Na manhã dessa terça-feira (11), mais de 150 contratos, agendas, celulares e um laptop, foram apreendidos em uma empresa e em residências.

"Principalmente mulheres participavam de consórcio dando uma parcela por mês e quando eram sorteadas, tinham [supostamente] direito às cirurgias [...] Várias dessas mulheres quando foram sorteadas não tiveram o direito a realizar a cirurgia", apontou o chefe de comunicação Giovani Santoro.

Ele explica que as parcelas mensais variavam entre R$ 300 a R$ 500, dependendo da complexidade do procedimento desejado pela cliente. "Tiveram pessoas que já havia pago mais de 50 parcelas entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Realmente é algo muito grave", avaliou.

Sem suporte médico ou autorização do Banco Central, caso condenados, os suspeitos podem receber uma pena de até 18 anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro. O material apreendido nos bairros da Iputinga, Boa viagem, Piedade e Marcos Freira, além da Olinda, serão analisados.

A instrução da PF é que as pessoas lesadas tentem recuperar a quantia investida por meio de ação na esfera cível.

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