Enfermeiros e técnicos voltam a protestar em frente ao HR

Em decorrência da manifestação, as duas vias da Avenida Agamenon Magalhães estão bloqueadas

por Victor Gouveia qua, 12/02/2020 - 09:41
Ruan Reis/LeiJáImagens o grupo destacou condições precárias e a falta de insumos na unidade Ruan Reis/LeiJáImagens

No 13º dia de protestos, técnicos e enfermeiros do Hospital da Restauração, bloqueiam as duas vias da Avenida Agamenon Magalhães, na área Central do Recife. Com faixas e apitos, desde às 7h da manhã desta quarta-feira (12), os manifestantes reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

"Essa luta é por melhoria salarial e pela volta dos benefícios que não temos, que é a insalubridade e o adicional noturno", apontou a técnica em enfermagem Maria Fabiana Alves. A servidora também relatou condições precárias de trabalho e a falta de insumos básicos na unidade de saúde.

Com o salário base fixado em R$ 774,82, conforme a representante, os esforços para negociar com a Secretária de Saúde vão prosseguir.  "O que o Governo propõe pra gente não é digno", complementou.

O representante do Sindicato profissional dos auxiliares e técnicos de enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Mário Robson, explica que, "juntando as poucas gratificações" o pagamento atinge R$ 1.050.

Ele ainda detalhou as dificuldades enfrentadas pela classe com um salário tão baixo. "Isso não dá pra gente se alimentar bem, ter qualidade de vida, ter uma saúde adequada. Não dá pra nada", concluiu.



O que diz o Governo 

Por meio de nota, a Secretária de Saúde do Estado (SES) ressaltou que “atua permanentemente para manter seus hospitais abastecidos de insumos e medicamentos necessários para prestar a assistência à população, além de trabalhar com determinação para resolver faltas pontuais”.



Sobre os reparos estruturais, a SES enfatizou que “equipes de manutenção das unidades também atuam rotineiramente para resolver os problemas nas estruturas físicas”.



Entre 2015 e 2019, a SES apontou que realiza reuniões e  que “tais negociações ensejaram acordos com ganhos financeiros para a categoria, a exemplo do início do processo de avaliação de desempenho, que resultou em um aumento salarial de 5% no primeiro ano e de 2,5%, no mínimo, nos anos subsequentes, para os servidores bem avaliados. Outra reivindicação atendida foi a extensão da gratificação de desempenho nos períodos de gozo de férias e licença prêmio”.

Com informações de Ruan Reis

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