PF prende foragidos acusados de torturar policial militar

Procurados pela Justiça da Bahia, os integrantes da facção criminosa foram encontrados em uma casa de veraneio no Litoral Sul de Pernambuco

por Victor Gouveia sex, 15/10/2021 - 08:16

Três integrantes de uma facção criminosa com atuação na Bahia foram presos em uma casa de veraneio na cidade de Tamandaré, Litoral Sul de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (13). A operação compartilhada entre as Polícias Federal-PE e Militar-BA cumpriram mandados de prisão já expedidos contra um casal e um terceiro integrante, capturado com 517g de cocaína.

No momento da abordagem, outras 11 pessoas estavam na casa que servia de esconderijo para os foragidos. Apesar de indícios de participação de grupos criminosos, todos foram ouvidos e liberados, mas serão investigados para verificar a atuação na Organização Criminosa. Caso confirmada, todos poderão receber penas que variam de três a oito anos de reclusão.

Os alvos principais da operação foram presos preventivamente. Os dois homens seguiram para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu Lima, na Região Metropolitana do Recife, e a mulher foi encaminhada ao Presídio Feminino do Recife, no bairro do Engenheiro do Meio, Zona Oeste da capital. Dois veículos usados para a logística dos crimes também foram apreendidos.

Tortura contra PM

A Polícia Federal explica que um dos presos é fundador da facção baiana que atuava no tráfico de drogas, de armas, homicídios e roubos à instituições financeiras e carros-fortes.

Em março de 2020, o grupo chegou a emboscar o delegado titular da 28ª Delegacia da Bahia, que foi acionado para apurar uma denúncia de que havia um corpo na Rua São Geraldo. Quando chegou ao local, ele foi surpreendido pelos criminosos armados.

A organização também é acusada de associar 50 criminosos, alguns com fuzis, para invadir a mesma delegacia e atacar um posto da Polícia Militar. O grupo ainda é apontado por assassinar o policial militar Gustavo Gonzaga da Silva, no dia 8 de junho de 2018.

Após cumprir expediente, a vítima voltava para casa quando foi abordada por três integrantes. O militar foi rendido, torturado e teve o corpo mutilado antes de ser morto com tiros na cabeça.

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