Caso Beatriz: Lucinha irá caminhar 720 km por justiça

Mãe de Beatriz saiu de Petrolina e deve andar, durante 23 dias, até chegar na sede do Governo de Pernambuco. Ela pede a federalização do caso da sua filha

por Jameson Ramos ter, 07/12/2021 - 14:02
Reprodução/Instagram/Lucinha Mota Pai e mãe de Beatriz caminhando de mãos dadas Reprodução/Instagram/Lucinha Mota

Buscando justiça para a sua filha Beatriz Angélica Mota, Lucinha Mota vai caminhar 715 quilômetros, em 23 dias, saindo de Petrolina, Sertão de Pernambuco, até o Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. A mãe pede que o governo estadual autorize a federalização das investigações de sua filha.

Beatriz foi assassinada com 42 facadas em 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Até hoje, o caso segue sem solução. Há um ano, um grupo de peritos do FBI se prontificou para ajudar nas investigações, No entanto, o Governo de Pernambuco precisa estabelecer um termo de cooperação técnica - o que ainda não aconteceu -. 

"Esse é mais um protesto contra esse governo omisso de Pernambuco, contra o governo Paulo Câmara, que desde o ano passado, quando os americanos ofereceram ajuda ao governo e até o momento eles não responderam, não se posicionaram", declara Lucinha.

Para essa caminhada, a mãe de Beatriz detalha que já vinha se preparando fisicamente e psicologicamente. "Fui em busca de ajuda, atrás de profissionais tanto na área da saúde, como no atletismo também. Vários profissionais estão comigo nessa jornada", diz.

Ela irá fazer várias paradas, em diversas cidades até chegar no seu destino final: o Palácio do Campo das Princesas. A caminhada de protesto começou no domingo (5) e conta com a participação de várias pessoas, incluindo o deputado federal Túlio Gadelha (PDT). 

"Acordamos às 3h para iniciar essa jornada com Lucinha Mota, na luta por justiça do Caso Beatriz. Não descansaremos na luta por Justiça", assevera.

"Não tem um único dia em que não sentimos tua falta, não tem um único dia que a saudade dê sossego, tudo o que queríamos era te trazer de volta para casa, mas nos tiraram tudo, não pudemos te salvar da maldade do mundo, não tivemos sequer escolha de lutar por tua vida, porém não iremos parar de lutar por justiça, pois é tudo que podemos fazer por ti", pontua Lucinha, em homenagem a sua pequena Beatriz.

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