PE tem segunda maior taxa de desemprego do país: 13,6%

Mesmo com queda, índice de desocupação ainda está 4,3 pontos acima da média nacional

por Vitória Silva sex, 12/08/2022 - 13:56
Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo Carteira de Trabalho e Previdência Social Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Cerca de 578 mil pernambucanos procuraram por emprego entre abril e junho deste ano, de acordo com a nova PNAD Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12). A taxa de desemprego no estado caiu, em relação ao primeiro trimestre, mas Pernambuco ainda tem o segundo maior índice do país, com 13,6%. 

No primeiro trimestre do ano (janeiro-março), o índice de desocupação foi de 17%. O novo número representa uma queda de 3,4 pontos percentuais. Em relação à média nacional, que é de 9,3%, o estado tem 4,3 pontos a mais. Esta também foi a menor taxa de desocupação desde o início da pandemia, acompanhando a tendência nacional. A pesquisa considera a população com 14 anos ou mais. 

Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de três milhões e 531 mil pessoas no primeiro trimestre deste ano para três milhões e 686 mil trabalhadores no segundo trimestre, o que equivale a um aumento de 4,4%, ou 155 mil pessoas a mais. Com relação ao mesmo período de 2021, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,1%.  

Por posição na ocupação, houve um aumento de 4,2% entre a população empregada no acumulado de abril, maio e junho, e um avanço ainda maior, de 7%, entre a população que trabalha por conta própria. No total, 32,2% dos pernambucanos ocupados, ou seja, quase um terço deles, trabalha por conta própria, seja de maneira formalizada ou não. Por outro lado, houve uma queda de 17,4% nos trabalhadores familiares auxiliares, que trabalham sem remuneração ajudando na atividade econômica de membro do domicílio ou parente. 

Trabalho informal 

A taxa de informalidade em Pernambuco aumentou apenas 0,1% no 2º trimestre de 2022 em comparação ao trimestre anterior, o que, na prática, deixa o estado em situação de estabilidade neste indicador. No estado, 52,9% dos trabalhadores ocupados são informais, o equivalente a 1 milhão e 949 mil pessoas, número que deixa o estado em sexto lugar no ranking nacional. No Brasil, a taxa de informalidade é de 40% da população ocupada.  

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 2º trimestre de 2022 foi de R$ 1.740, valor estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o segundo semestre de 2021, houve uma perda de 12,8%, agravada pela inflação do período. 

A pesquisa também mostra que o número de pessoas desalentadas chegou a 268 mil pessoas no 3º trimestre de 2021, 15,8% a menos do que no período anterior. Essa parcela que havia desistido de procurar emprego voltou a fazê-lo. A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.  

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