Confaz adia resposta sobre empréstimos e frustra Câmara

Para o governador, a falta de sinalização positiva quanto as operações de crédito internacionais impede uma reação dos estados diante da situação econômica do país

por Giselly Santos sex, 19/02/2016 - 13:01
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Para o governador, a CPMF não pode ser colocada como solução definitiva dos problemas econômicos do país Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

A reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) frustrou as expectativas do governador Paulo Câmara (PSB), diante da possibilidade de retomar as operações de crédito internacionais. A gestão federal adiou, mais uma vez, a resposta sobre a autorização dos empréstimos, deixando os estados de mãos atadas para incrementar os orçamentos deste ano. 

A expectativa do governador era de ter uma autorização para o acesso a R$ 500 milhões em operações de crédito, no entanto, a sinalização positiva que deveria ter sido concedida pelo Governo Federal nessa quinta-feira (18), só deve acontecer em março.  “Sem respostas claras das operações de crédito e definições de reformas, [a reunião] frustra sim porque o Brasil está parado, esperando que o Governo Federal reaja e o Estado não está podendo reagir”, disse Paulo Câmara, antes mesmo de saber o resultado da reunião, após a posse de João Campos como chefe de gabinete. 

CPMF 

Com a retomada do debate em torno da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), o governador Paulo Câmara se colocou contrário ao imposto. Para ele, a CPMF não pode ser colocada como solução definitiva dos problemas econômicos do país. 

“CPMF sem debate estrutural do País não passa. É um debate inócuo, que não funciona no momento. Tem que discutir questões estruturais. CPMF é uma alternativa provisória e não pode ser colocada como solução definitiva dos problemas”, avaliou.

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