Armando: Extinção do Ministério do Trabalho é um equívoco

Com as investigações envolvendo equipe da pasta, a resolução ideal, na ótica de Armando, seria aperfeiçoar a estrutura sem que ela passe a ser apenas um braço de um superministério

por Giselly Santos sex, 09/11/2018 - 13:00
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Para o petebista, a medida contraria práticas comuns no mundo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta sexta-feira (9), que a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego, como foi anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), é um “equívoco”. Bolsonaro disse, nesta semana, que pretende tirar o status de ministério da pasta. Para o petebista, a medida contraria práticas comuns no mundo, inclusive, em países mais liberais como os Estados Unidos.

“O Ministério do Trabalho cumpre uma função muito importante inclusive de fiscalização. O Brasil ainda convive com práticas que não se coadunam com os direitos das partes. Então, é fundamental que essa estrutura exista e possa exercer essa fiscalização”, disse em entrevista à Rádio Marano FM, de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

“É um equívoco [extinguir o ministério]. Quero também me associar àquelas vozes que têm se levantado para justificar ou exigir que o mundo do trabalho possa ter, na esfera governamental, uma estrutura adequada para que essa interlocução com o setor sindical, empresas e trabalhadores possa existir. É necessário que o governo perceba a necessidade desta pasta”, acrescentou.

A resolução ideal, na ótica de Armando, seria aperfeiçoar a estrutura da pasta sem que ela passe a ser apenas um braço de um superministério. “O ministério é responsável pela gestão do Fundo de Garantia, promove estudos sobre a questão do emprego no Brasil, é uma fonte de dados para que se possa avaliar o mercado de trabalho brasileiro, é muito importante. Portanto, eu acho que não faz sentido extinguir. É evidente que se algumas coisas ocorreram, e nós sabemos que ocorreram, nessa estrutura, cabe aperfeiçoar os controles, promover uma reestruturação, mas não extinguir o ministério”, considerou.

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