Na CCJ da Câmara, deputados do PSL 'advogam' por Moro

Em uma oportunidade de fazer questionamentos, os parlamentares do PSL aproveitam para defeder Moro com unhas e dentes

ter, 02/07/2019 - 16:09
Chico Peixoto/LeiaJa Imagens/Arquivo Enquanto foi bombardeado pela Oposição, Moro foi defendido com unhas e dentes pela Situação Chico Peixoto/LeiaJa Imagens/Arquivo

Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (2), parlamentares recebem a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que presta esclarecimentos sobre o vazamento de troca de mensagens suas com procuradores da operação Lava Jato.

Três dos primeiros deputados do PSL a fazerem seus questionamentos foram o Coronel Armando, o Delegado Waldir e o Coronel Chrisóstomo. Todos eles, entretanto, têm algo em comum: a postura de defesa ao ministro Moro.

Em uma audiência conturbada, onde o presidente da Câmara, deputado Davi Alcolumbre (DEM), teve que pedir por vezes ordem na Casa para que os questionamentos pudessem ser feitos, os parlamentares da Situação usaram seus tempos para advogar a favor do ministro.

Enquanto os parlamentares da Oposição fizeram questionamentos incisivos a respeito da conduta de Moro enquanto juiz federal e sobre o processo de condenação do ex-presidente Lula (PT), os deputados do PSL seguiram reafirmando a inocência da Moro.

“Moro é um dos heróis da justiça brasileira. É um absurdo ter tantos investigados pela Lava Jato neste local fazendo questionamentos nada a ver ao ministro Moro. Ele é um homem de conduta séria”, discursou o Coronel Armando.

Um pouco mais exaltado, o Delegado Waldir não conseguiu ouvir de forma quieta as posições da Oposição. Por vezes o parlamentar levantou de seu lugar para interromper perguntas que eram feitas por deputados petistas.

O Coronel Chrisóstomo também seguiu o ‘modelo’ de questionamento de seus colegas de partido e aproveitou seu tempo para exaltar a ética e as atitudes lícitas por parte do Moro enquanto juiz federal, mas sem fazer grandes questionamentos. Todos, porém, utilizaram bem seus tempos para colocar em cheque a credibilidade do jornalismo praticado por Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept.

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