Intercept confirmou o que dizíamos desde 2016, diz Zanin

O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, afirmou que os vazamentos do Intercept reforçam violações que a defesa do petista vem alegando desde o início do processo jurídico

por Pedro Bezerra Souza ter, 20/08/2019 - 20:27
Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens Cristiano Zanin veio ao Recife participar de um evento na OAB Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens

De passagem pelo Recife para participar de um evento na OAB-PE nesta terça-feira (20), o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, conversou com a reportagem do LeiaJa.com sobre os recentes vazamentos feitos pelo site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald.

Zanin, que participou do 3º Seminário Pernambucano de Direito Econômica, afirmou que a divulgação das informações feitas pelo Intercept reforçam violações que a defesa do petista vem alegando desde o início do processo de Lula.

“Essas revelações que começaram com o Intercept e que agora existe uma parceria com diversos outros veículos de imprensa, ao nosso ver, reforçam e confirmam todas as violações que nós estamos apresentando e denunciando desde o início dos processos do ex-presidente Lula”, enfatizou. 

Um dos pontos falados pelo advogado durante sua fala no evento foi sobre o “Princípio da imparcialidade na Operação Lava Jato”. Ao LeiaJá, Zanin afirmou que desde 2016 se alegava o fato de existir juristas responsáveis pelo caso atuando de maneira imparcial.

“Desde a primeira manifestação que nós apresentamos, pela defesa técnica, em 2016, nós já dizíamos que não existia um juiz imparcial e que os procuradores que estavam atuando no caso também não estavam observando as garantias da legalidade, da impessoalidade e também da imparcialidade”, complementou. 

Segundo Zanin, graças ao trabalho desempenhado pelo Intercept e às revelações feitas, todo o trabalho que a defesa vinha desenvolvendo desde o começo em prol de Lula passa a ser endossada, agora, de maneira com maior repercussão.

“O processo estava se desenvolvendo sem a observância do devido processo legal, de forma a chegar num resultado pré-estabelecido, que era a condenação do ex-presidente Lula. Então todo esse cenário que vem sendo dito desde o início da defesa agora fica bastante reforçado por todas essas revelações”, finalizou.

 

 

 

 

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