Teresa exige respeito: Caos não é passinho, caos é a fome

Em um forte discurso na Alepe direcionado ao deputado Joel da Harpa (PP), a petista Teresa Leitão se revoltou com os ataques que o parlamentar fez à educação pública no Brasil

ter, 10/09/2019 - 16:38
Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens/Arquivo Teresa Leitão tem uma história de mais de 20 anos atuando pela educação Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens/Arquivo

Quem estava no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (10) presenciou um embate conflitante entre os deputados Joel da Harpa (PP) e Teresa Leitão (PT).

Em seu discurso, Harpa classificou a educação pública no país como ‘caos’ e defendeu a implantação de escolas militares no Brasil. Ao ouvir Harpa fazer a sugestão, a petista, que é uma defensora das pautas de educação, se revoltou com o que foi dito e pediu a fala.

“Eu quero lhe pedir respeito às escolas públicas, aos professores, aos servidores e aos estudantes. Não venha chamar as escolas civis de caos porque isso é um desrespeito àqueles que dão suas vidas para trabalha em um ambiente muitas vezes sem a estrutura necessária”, iniciou.

A petista lembrou que uma das melhores escolas de Pernambuco não segue a linha militar. “Para o seu governo, não são as escolas militares que estão no topo deste chamado ranking das melhores escolas. A melhor escola daqui, por exemplo, é a escola de Aplicação, da UFPE”, enfatizou.

Em seu discurso, a parlamentar ainda alfinetou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Abraham Weintraub. “Quem quer filho em quartel, quem quer filho em escola militar, coloca. Não tem problema nenhum. A iniciativa de se oferecer educação no Brasil é livre. Agora, querer crescer nas costas dos outros que estão no dia a dia segurando a educação pública só na cabeça de Bolsonaro e do seu ‘sinistro’ da educação”, disparou.

Por fim, Teresa Leitão exigiu respeito ao trabalho desempenhado nas escolas públicas. “Respeite e não chame de caos as escolas públicas que existem neste Brasil, que abrigam milhões de crianças e trabalhadores em educação. Caos não é passinho. Caos são milhões de analfabetos. Caos é a pobreza aumentando no país, caos é a fome, caos é o desemprego”, argumentou.

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