Dodge quer federalizar caso Marielle antes de deixar PGR

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer entrar com um Incidente de Deslocamento de Competência do caso de Marielle até o próximo dia 17, quando acaba seu mandato

qua, 11/09/2019 - 14:58
Reprodução/Facebook/Marielle Franco Marielle foi assassinada no dia 14 de março de 2018 Reprodução/Facebook/Marielle Franco

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou que pretende até o próximo dia 17 (quando acaba seu mandato à frente da PGR) pedir a federalização dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

Dodge quer entrar com um Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A partir do dia 17 ela deve ser sucedida pelo procurador da República Augusto Aras, que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), apesar de estar fora da lista tríplice. 

Em seu texto de solicitação de federalização, Dodge deverá alegar “grave violação de direitos humanos”, “necessidade de assegurar o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados internacionais” e “incapacidade” de prosseguir na apuração. 

De acordo com informações do Globo, a procuradora deve argumentar que o crime cabe ao Supremo Tribunal de Justiça, já que há indícios de envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro para o Superior Tribunal. Assim, seria o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) afastado, Domingos Inácio Brazão.

Uma reportagem do Globo apontou que, segundo a Polícia Federal, há uma disputa por pontos políticos que estaria por trás da suspeita de um possível envolvimento de Brazão no assassinato de Marielle e de Anderson Gomes, em março de 2018.

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