Em meio a manchas de óleo,Bolsonaro e Câmara trocam farpas

Após ser chamado de ‘espertalhão’ pelo presidente devido a promoção do 13º do Bolsa Família para os pernambucanos, o governador de PE disparou contra a falta de assistência do Governo Federal para frear a contaminação tóxica

qui, 24/10/2019 - 15:55
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A troca de rusgas entre a Presidência da República e o Governo de Pernambuco segue intensa. Após ser chamado de ‘espertalhão’ pelo presidente Jair Bolsonaro devido a promoção do 13º do Bolsa Família para os pernambucanos, o governador Paulo Câmara disparou contra a falta de assistência do Governo Federal para frear a contaminação tóxica que devasta o Litoral do Estado.

"A principal imagem que o Governo Federal passa é de uma grande gambiarra", enfatizou o cientista político Elton Gomes. A demora na tomada de decisões expôs o despreparo, a inexperiência e “a extrema inabilidade [da gestão] para coordenar ações", sobretudo, no combate às emergências ambientais.

Após o presidente ser acusado de desassistir o Nordeste como forma de vingança, o cientista Elton Gomes explica que a Região é majoritariamente povoada por governos oposicionistas e, tal condição, obriga Jair Bolsonaro à mostrar que o ‘desacordo político ideológico’ está mantido. Uma das formas de diminuir o poder do governador pernambucano é tentar ‘fustigar’ e monopolizar o Bolsa Família. 

As intenções são compreensíveis, visto que, o benefício tem um grande valor eleitoral diante do retorno político traduzido em ‘votos de gratidão’. Para o especialista, Jair Bolsonaro quer mostrar que “tem o dinheiro e decide como vai ser pago”. 



As acusações de falta de comprometimento e improviso mancham a imagem do presidente e instiga manifestações por todo país contra sua gestão. Elton também reforça que Paulo Câmara equilibra-se entre o embate como opositor e a necessidade de aproximação do Governo Federal, diante da necessidade de obter recursos da União.

Em excursão por países orientais, o retorno do capitão é aguardado por governadores do Nordeste para que soluções efetivas possam ser discutidas e menorizem os impactos ambientais no Litoral.

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