Paulo Câmara expõe frustração com resultado do Pré-sal

Em reunião com os governadores do Nordeste, o gestor também avaliou a PEC que pretende extinguir municípios considerados ‘não rentáveis’

por Victor Gouveia qua, 06/11/2019 - 19:29
Rafael Bandeira/ LeiaJá Imagens Câmara também foi taxativo ao comentar sobre a usina nuclear no Sertão Rafael Bandeira/ LeiaJá Imagens

Após reunir-se com governadores e representantes que integram o Consórcio Nordeste, no Palácio do Campo das Princesas, área Central do Recife, Paulo Câmara expôs sua decepção com o resultado do 'megaleilão' do Pré-sal e avaliou o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que pretende extinguir municípios considerados 'nanicos'. Nesta quarta-feira (6), o gestor também confirmou a primeira licitação com o consórcio.

Sobre os repasses aos Estados e municípios advindo da exploração do Pré-sal, o governador calcula uma redução de 50% no valor, o que "frustrou as expectativas", lamentou. Tal decepção também tomou o Governo Federal, visto que, das quatro áreas propostas no 'megaleilão', apenas duas tiveram o martelo batido, sem competição. O esperado era embolsar R$ 106,5 bilhões, no entanto, o arrecadado foi de R$ 69,8 bilhões.   

Ele também avaliou o projeto que visa destravar a economia através da incorporação de municípios com menos de cinco mil habitantes às cidades vizinhas. "São questões como essa que nos preocupa e a gente espera agora que esses projetos afastem aquilo que não tem sentido nesse momento", analisou ao citar Itacuruba e Ingazeira. A proposta corre no Senado.

Ainda sobre Itacuruba e a possibilidade da construção de uma usina nuclear, Paulo foi taxativo e preferiu se abster: "e quem sabe?". O representante ainda relevou que o Consórcio Nordeste fechou sua 1ª licitação com a compra de dez itens medicamentosos, no entanto, não soube discriminar quais seriam os remédios. Tal medida garante uma economia de R$ 50 milhões à Região, segundo Paulo. A quantia poupada será revertida em favor da saúde, garantiu. "A gente sabe da prioridade que é esse tema, e dá necessidade de diminuir as superlotações", finalizou o pernambucano. 

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