Diante da luta contra covid-19, Doria e Lula trocam afagos

Apesar de adversários ferrenhos, Lula disse que o trabalho de Doria precisa ser reconhecido, enquanto o tucano pontuou a necessidade de deixar de lado a discordância

qui, 02/04/2020 - 09:12 Atualizado em: qui, 02/04/2020 - 09:29
Montagem/LeiaJáImagens/Governo do Estado de São Paulo Montagem/LeiaJáImagens/Governo do Estado de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deixaram a rivalidade política em meio à crise do novo coronavírus  e trocaram afagos no Twitter. Apesar de adversários ferrenhos, Lula disse que o trabalho de Doria precisa ser reconhecido, enquanto o tucano pontuou a necessidade de deixar de lado a discordância diante da pandemia da covid-19.

“Nossa obsessão agora tem que ser vencer o coronavírus. Chegamos ao ponto do Dória ter que mandar a PM invadir fábrica pra pegar máscara. A gente tem que reconhecer que quem tá fazendo o trabalho mais sério nessa crise são os governadores e os prefeitos”, disse Lula durante uma entrevista reproduzida no microblog nessa quarta-feira (1º). 

Na manhã desta quinta (2), o governador de São Paulo, por sua vez, compartilhou a fala do ex-presidente em sua conta oficial e escreveu: “Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos. O momento é de foco, serenidade e trabalho para ajudar a salvar o Brasil e os brasileiros”.

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Mesmo com todas as diferenças, Lula e João Doria tem um ponto em comum: a rivalidade contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Doria é apontado como presidenciável em 2022 e Lula, apesar de não poder concorrer ao pleito por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, é o líder-mor do PT que deve indicar um nome também para a disputa.

Trocas de farpas

Apesar dos afagos, vale lembrar que Lula e Doria já trocaram farpas afiadas. O governador de São Paulo, por exemplo, chegou a se posicionar contra a soltura de presos condenados em segunda instância com recursos pendentes, como é o caso de Lula, e pontuou que seu desejo era ver o ex-presidente preso novamente. 

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